Seis tipos de impostos serão extintos em 2012 com o objetivo de reduzir o custo para Pessoa Jurídica e simplificar o trabalho para Pessoa Física
BRASÍLIA - O secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, afirmou que o órgão dá início nesta segunda-feira, 12, a uma operação que busca simplificar obrigações tributárias para o contribuinte brasileiro. A ideia, de acordo com ele, será reduzir o custo para Pessoa Jurídica e simplificar o trabalho para Pessoa Física, bem como a margem de erro. Ao todo, seis tipos de impostos serão extintos em 2012.
"A presidente Dilma (Rousseff) já havia dito que a reforma tributária se faria por meio de simplificação de tributos", comentou Barreto durante entrevista coletiva. "O maior exemplo disso foi o Simples Nacional", acrescentou.
Segundo Barreto, a partir de janeiro de 2012 serão extintos o demonstrativos de Notas Fiscais, a declaração de Crédito Presumido de IPI e a declaração anual do Simples Nacional. Barreto confirmou que a Declaração do Imposto Territorial Rural (DITR) também deixará de ser obrigatória, como informado na semana passada.
O secretário da RF lembrou que o fim da obrigatoriedade da Declaração de Informações Fiscais (DIF- Bebidas) já foi anunciada na semana passada. Ele salientou que o Demonstrativo de Exportações, que acabou em maio passado, também está no pacote, somando, portanto, seis tributos extintos.
O secretário destacou que outras declarações estão no forno para serem extintas. "Estamos enumerando apenas aquelas que podemos fazer em um curto espaço de tempo", citou. As medidas, de acordo com ele, não visam a um aumento da fiscalização. "Elas são voltadas para simplificação, para melhor atendimento das pessoas físicas e jurídicas."
A Receita também vai implantar o pagamento de tributo com cartões a partir de 30 de junho de 2012. De acordo com o órgão, em um primeiro momento, o sistema valerá apenas para tributos aduaneiros, com pagamento em cartão na função débito, em máquinas instaladas nas unidades do órgão. Débitos relativos a contribuições previdenciárias também serão simplificados e poderão ser parcelados pela internet a partir de 31 de março de 2012.
Além disso, pessoas físicas que tenham uma só fonte de renda e escolherem o modelo simplificado não precisarão mais entregar a declaração do Imposto de Renda (IR) ao governo a partir de 2014. A Receita não descarta, contudo, a simplificação do IRPF já em 2013.
O que o Fisco estuda é tirar do trabalhador a responsabilidade de enviar anualmente para o governo os dados sobre seus rendimentos. A partir de 2014, quando será declarado o dinheiro recebido em 2013, a própria Receita fará esse trabalho. Para isso, o governo usará as informações passadas pelo empregador. O contribuinte terá apenas de confirmar se o que foi apresentado está correto ou não.
Simples Nacional
O subsecretário de Fiscalização substituto da Receita Federal, Iágaro Jung Martins, esclareceu que, apesar de todos os prazos para o fim da obrigatoriedade da entrega de declarações ser janeiro do próximo ano, na prática, as 3,8 milhões de micro e pequenas empresas que apresentavam seu Imposto de Renda por meio da Declaração Anual do Simples Nacional (DASN) só deixarão de enviar os dados para o governo em 2013 (base do ano calendário 2012). "No ano que vem será como está. Em março, será normal, pois a base é referente a 2011", considerou.
Nos demais casos, a isenção já será válida, na prática, para o ano que vem. São eles: Demonstrativos de Notas Fiscais, a Declaração de Crédito Presumido de IPI, Declaração do Imposto Territorial Rural (DITR) e Declaração de Informações Fiscais (DIF- Bebidas). Fora o Demonstrativo de Exportação (DE), que acabou em maio deste ano.
Martins disse também que o universo abrangido pelo DITR é de 2,37 milhões de declarações. No caso da DE, a abrangência é de aproximadamente 16 mil exportadores, conforme o subsecretário. "O Demonstrativo tinha fins de devolução de créditos a exportadores, mas agora coletamos essas informações em outras bases", disse.
O total de empresas com lucro real que serão beneficiadas, a partir de 2014, com outra medida que visa simplificar é de cerca de 190 companhias, segundo ele. Martins não soube estimar o universo de Pessoas Jurídicas estimado nos demais casos.
Fonte: Célia Froufe e Eduardo Cucolo, da Agência Estado
Publicada em 13/12/2011
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Dirf 2012 deve ser entregue até 29 de fevereiro
A Receita Federal do Brasil publicou no DOU (Diário Oficial da União) desta terça-feira (20) a instrução normativa que determina as normas para entrega da Dirf (Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte) relativa ao ano calendário-2011. Segundo orientação da Receita Federal, devem apresentar a Dirf as seguintes pessoas jurídicas e físicas, que tenham pagado ou creditado rendimentos que tenham sofrido retenção do imposto de renda na fonte, ainda que em um único mês do ano-calendário a que se referir a declaração, por si ou como representantes de terceiros:
O Programa Gerador da Dirf 2012, após aprovado pelo secretário da Receita Federal, estará disponível no endereço www.receita.fazenda.gov.br. O programa, que é de uso obrigatório pelas fontes pagadoras, pessoas físicas e jurídicas, deverá ser utilizado para a entrega das declarações relativas ao ano-calendário 2011. Para transmissão da Dirf, exceto para as optantes do Simples Nacional, é obrigatória a assinatura digital da declaração mediante utilização de certificado digital. A transmissão da Dirf com assinatura digital possibilita à pessoa jurídica acompanhar o processamento da declaração por intermédio do e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte), também disponível no site da Receita Federal. Prazo e multa O prazo final para a entrega da Dirf é 23h59min59s de 29 de fevereiro de 2012. No caso de extinção decorrente de liquidação, incorporação, fusão ou cisão total ocorrida no ano-calendário de 2011, a pessoa jurídica extinta deverá apresentar a Dirf relativa ao ano-calendário 2012 até o último dia útil do mês seguinte ao da ocorrência do evento. A pessoa jurídica ou física que não entregar a Dirf no prazo está sujeita à multa de 2% ao mês-calendário ou fração incidente sobre o montante dos tributos e contribuições informados na declaração, ainda que integralmente pago. Fonte: Infomoney – por Karla Mamona |
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Receita analisa regime de transição
Com a demora da Receita Federal em revogar o chamado Regime Tributário de Transição (RTT) - criado para não ocorrer impacto fiscal a partir da aplicação das normas contábeis internacionais (International Financial Reporting Standards - IFRS) -, as companhias continuam buscando respostas da fiscalização para não serem autuadas.
Em consulta à Superintendência Regional da Receita Federal da 10ª Região Fiscal (Rio Grande do Sul) uma empresa do Estado buscou esclarecimentos sobre a incidência do Imposto de renda (IR), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) na compra de máquinas com o uso de financiamento bancário. Por meio da Solução de Consulta nº 60, publicada no Diário Oficial de ontem, a Receita respondeu que não há impactos fiscais com as alterações contábeis trazidas pelas normas internacionais.
"Com as novas regras, o custo do ativo imobilizado passou a ser contabilizado de acordo com o Preço de mercado", explica o advogado Júlio Augusto Oliveira, do escritório Siqueira Castro Advogados. "Mas para fins fiscais, ainda que considerando os juros do financiamento, continua a valer a interpretação antiga", acrescenta. Assim, para o cálculo do Imposto de Renda, CSLL e Cofins, deve ser usado o valor de custo do ativo imobilizado, o que inclui os juros bancários.
Em agosto, por meio do Parecer Normativo nº 1, a Receita Federal manifestou o entendimento de que, durante o processo de adaptação das companhias às normas contábeis internacionais, não haverá mudanças nas regras sobre a depreciação do ativo imobilizado.
Em consulta à Superintendência Regional da Receita Federal da 10ª Região Fiscal (Rio Grande do Sul) uma empresa do Estado buscou esclarecimentos sobre a incidência do Imposto de renda (IR), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) na compra de máquinas com o uso de financiamento bancário. Por meio da Solução de Consulta nº 60, publicada no Diário Oficial de ontem, a Receita respondeu que não há impactos fiscais com as alterações contábeis trazidas pelas normas internacionais.
"Com as novas regras, o custo do ativo imobilizado passou a ser contabilizado de acordo com o Preço de mercado", explica o advogado Júlio Augusto Oliveira, do escritório Siqueira Castro Advogados. "Mas para fins fiscais, ainda que considerando os juros do financiamento, continua a valer a interpretação antiga", acrescenta. Assim, para o cálculo do Imposto de Renda, CSLL e Cofins, deve ser usado o valor de custo do ativo imobilizado, o que inclui os juros bancários.
Em agosto, por meio do Parecer Normativo nº 1, a Receita Federal manifestou o entendimento de que, durante o processo de adaptação das companhias às normas contábeis internacionais, não haverá mudanças nas regras sobre a depreciação do ativo imobilizado.
Fonte: Valor Econômico
Melhora o resultado do Exame de Suficiência
Após o índice desastroso de aprovação nas provas realizadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) no primeiro semestre de 2011, a segunda avaliação demonstrou maior Empenho dos novos contadores
Com tempo ampliado para se preparar e experiência adquirida nas provas anteriores do Exame de Suficiência, a contadora Ejane Maria Lima Duarte, de 50 anos, conseguiu encaminhar o seu pedido do tão sonhado registro da profissão. Depois do frustrado resultado na primeira edição do exame, realizado em maio deste ano, ela resolveu se dedicar mais e estudar as matérias com maior grau de dificuldade. Para ela, a segunda avaliação foi mais bem elaborada e com questões complexas, pois exigiram conhecimento teórico dos candidatos, principalmente quanto às Normas Internacionais de Contabilidade e suas atualizações. “Em comparação ao primeiro, achei mais difícil”, comenta.
A nova contadora terminou a faculdade no Centro Universitário Metodista do IPA, no segundo semestre de 2010. Para não correr o Risco de não passar novamente, buscou um curso preparatório para relembrar aquelas matérias vistas nos primeiros semestres do curso. As dicas e as atualizações sobre as normas contábeis foram essenciais para o seu desempenho.
A segunda versão do Exame de Suficiência foi realizada em todo o País no dia 25 de setembro e o resultado publicado no dia 28 de outubro no Diário Oficial da União. Nesta edição, 23.836 pessoas fizeram a inscrição, sendo 19.721 bacharéis e 4.115 técnicos. Em todo o Brasil, 10.129 bacharéis em Ciências Contábeis obtiveram aprovação, o que corresponde a 54,18%, contra os 30,83% da edição anterior, uma melhora de 23,35% no índice de aprovação. Quanto aos técnicos, apenas 1.067 conseguiram o registro, o que representa 27,87% contra 24,93% do resultado passado, um crescimento pouco significativo de 2,94%.
O contador recém-formado Ademar Oliveira Flores Junior, 26 anos, comemora a aprovação na sua primeira avaliação. Para ele, as provas foram muito boas para o nivelamento dos profissionais, e admite que teria achado as provas difíceis se não tivesse se dedicado e estudado com afinco. “Fiz um curso intensivo após a faculdade, me dediquei a estudar a contabilidade pública, pois fazia muito tempo que não via essa matéria”, comenta. Flores Junior tem convicção de que não pode jamais parar de estudar, pois a profissão exige constante aperfeiçoamento. Ele já programa para 2012 uma pós-graduação na área de Controladoria.
Conselhos acreditam que os profissionais estão mais atentos às provas
Após resultado considerado ruim pelos especialistas na primeira avaliação de conhecimentos dos contadores, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) apostou na preparação dos candidatos para a segunda edição. Na opinião do presidente do CFC, Juarez Domingues Carneiro, este percentual de aprovação demonstra que os candidatos estão melhor preparados e atentos à importância do exame. “A resposta aparece de forma satisfatória, pois temos certeza de que estamos cumprindo com o nosso papel de fiscalização preventiva, uma vez que permitimos o acesso ao exercício profissional de pessoas que apresentaram uma capacitação adequada”, afirma. Carneiro considera bom o percentual de aprovação na comparação com o primeiro, mas ainda está muito abaixo do esperado.
“É lógico que, quanto mais valorizada for a profissão, maior será a Demanda de trabalho para os profissionais”, pontua o presidente, enfatizando que o cenário contábil está sendo visto de uma maneira diferente por parte das instituições de ensino, órgãos governamentais, empresas da iniciativa privada, terceiro setor e Sociedade em geral.
O resultado foi considerado bom por todas as lideranças do Sistema CFC/CRCs. Apesar disso, o presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRC-RS),
Zulmir Breda, foi cauteloso em sua análise. Acredita que a comparação entre os resultados somente permitirá uma conclusão apropriada depois da quarta ou quinta edição, isso porque, segundo ele, os percentuais de aprovação podem sofrer diversas influências de uma edição para a outra e distorcer a comparação.
Gaúcho foi segundo melhor colocado no Rio Grande do Sul e sexto no Brasil
Ex-aluno da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), Felipe Klein Dias recebeu com surpresa a notícia da sua classificação nas provas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), que teve 85% de acertos. “Fico muito feliz, já que isso significa que o curso foi bom e meu esforço valeu a pena”, comenta. Dias formou-se em Contábeis em janeiro de 2011 e realizou as provas do CFC em maio deste ano. Para ele, toda pessoa que quer ter sucesso não deve ficar restrita aos ensinamentos ministrados em sala de aula. Para ele, os conhecimentos extraclasse são os mais interessantes e é necessário se aprofundar nos assuntos.
Dias sabe disso como ninguém, pois o curso de Contabilidade não foi sua única opção. Aos 27 anos, é formado também em Administração e Direito e acredita que a soma dos conhecimentos dessas doutrinas o levaram a um resultado positivo. O empenho, o estudo e a dedicação são as receitas do gaúcho que hoje trabalha na AES Brasil, na área de Planejamento Tributário, em São Paulo.
Com relação ao nível do teste, Dias considerou uma prova equilibrada. “Foram 30% de questões difíceis, 30% de questões fáceis e 40% de questões medianas”, classificou. Segundo ele, as provas abordaram todas as matérias do curso de graduação. “Creio que o número de questões e o tempo de realização da prova foram adequados e suficientes para avaliar o nível mínimo exigido dos profissionais de contabilidade”, resume.
Instituições necessitam aprimorar as práticas de ensino
As avaliações que medem o conhecimento de alunos e profissionais acabam colocando em xeque a qualidade do ensino no País. Atualmente, existem no Brasil 1.200 faculdades de Contabilidade. Os resultados das últimas provas dos Exames de Suficiência provocaram reflexões aos gestores das instituições de ensino.
Na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), por exemplo, de acordo com o coordenador do curso de Ciências Contábeis, Saulo Armos, as mudanças estão contempladas no Projeto Pedagógico, preparando o acadêmico para pensar e interpretar a Ciência Contábil.
“Desenvolvemos ações com ferramentas de gestão informatizadas por sistemas atualizados, idênticos aos encontrados nas empresas em que os alunos atuarão, através de Laboratórios de Informática, permitindo aos estudantes a reflexão sobre os resultados apurados”, comenta o professor, preocupado com o novo formato da contabilidade moderna.
“Nessa transição passamos a mensurar e julgar o patrimônio das empresas”, salienta, ao destacar a necessidade do preparo do contador. “Como vivenciamos esse momento de transformação, o mínimo que devemos colocar para nossos formandos é a permanente evolução do conhecimento. Devemos aconselhá-los a estudar, se capacitar e se aperfeiçoar”, aconselha.
A coordenadora do curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Metodista do IPA, Neusa Monser, acredita que as instituições estão conscientes sobre a importância da qualidade de ensino e as coordenadorias estão em busca dessas melhorias.
O presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Juarez Domingues Carneiro, diz que os resultados demonstram que as instituições não estão aptas a atender às necessidades do mercado, pois “não possuem uma boa biblioteca e os laboratórios deixam a desejar”. O último resultado do exame, em sua opinião, não significa que as instituições estejam mais qualificadas, demonstra apenas que os candidatos se prepararam. Apesar disso, Carneiro aposta na melhoria dos cursos.
A avaliação do professor e diretor do Instituto Insero Educação Corporativa, Wilson Riber Hamilton Danta, é bastante dura com relação à qualidade dos profissionais. “Ao analisarmos os resultados anteriores, mais precisamente as disciplinas cernes do curso, notamos que o desempenho é pior do que se pensa. O mau resultado não está restrito às matérias complementares, mas àquelas que formam o profissional”, lamenta o professor que coordenou um dos cursos preparatórios.
Na análise de desempenho por estado, de acordo com Danta, em nenhum dos 26 estados da União houve aprovação acima de 50%, seja para bacharéis ou para técnicos. Segundo ele, o desempenho dos alunos está atrelado à própria evolução do curso. De acordo com dados do censo de 2009 realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), o curso de Ciências Contábeis encontra-se entre os dez maiores cursos superiores do País, mais precisamente na sexta posição, com 235.274 matrículas em 2009, representando um crescimento em relação a 2005 de 34%.
Com tempo ampliado para se preparar e experiência adquirida nas provas anteriores do Exame de Suficiência, a contadora Ejane Maria Lima Duarte, de 50 anos, conseguiu encaminhar o seu pedido do tão sonhado registro da profissão. Depois do frustrado resultado na primeira edição do exame, realizado em maio deste ano, ela resolveu se dedicar mais e estudar as matérias com maior grau de dificuldade. Para ela, a segunda avaliação foi mais bem elaborada e com questões complexas, pois exigiram conhecimento teórico dos candidatos, principalmente quanto às Normas Internacionais de Contabilidade e suas atualizações. “Em comparação ao primeiro, achei mais difícil”, comenta.
A nova contadora terminou a faculdade no Centro Universitário Metodista do IPA, no segundo semestre de 2010. Para não correr o Risco de não passar novamente, buscou um curso preparatório para relembrar aquelas matérias vistas nos primeiros semestres do curso. As dicas e as atualizações sobre as normas contábeis foram essenciais para o seu desempenho.
A segunda versão do Exame de Suficiência foi realizada em todo o País no dia 25 de setembro e o resultado publicado no dia 28 de outubro no Diário Oficial da União. Nesta edição, 23.836 pessoas fizeram a inscrição, sendo 19.721 bacharéis e 4.115 técnicos. Em todo o Brasil, 10.129 bacharéis em Ciências Contábeis obtiveram aprovação, o que corresponde a 54,18%, contra os 30,83% da edição anterior, uma melhora de 23,35% no índice de aprovação. Quanto aos técnicos, apenas 1.067 conseguiram o registro, o que representa 27,87% contra 24,93% do resultado passado, um crescimento pouco significativo de 2,94%.
O contador recém-formado Ademar Oliveira Flores Junior, 26 anos, comemora a aprovação na sua primeira avaliação. Para ele, as provas foram muito boas para o nivelamento dos profissionais, e admite que teria achado as provas difíceis se não tivesse se dedicado e estudado com afinco. “Fiz um curso intensivo após a faculdade, me dediquei a estudar a contabilidade pública, pois fazia muito tempo que não via essa matéria”, comenta. Flores Junior tem convicção de que não pode jamais parar de estudar, pois a profissão exige constante aperfeiçoamento. Ele já programa para 2012 uma pós-graduação na área de Controladoria.
Conselhos acreditam que os profissionais estão mais atentos às provas
Após resultado considerado ruim pelos especialistas na primeira avaliação de conhecimentos dos contadores, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) apostou na preparação dos candidatos para a segunda edição. Na opinião do presidente do CFC, Juarez Domingues Carneiro, este percentual de aprovação demonstra que os candidatos estão melhor preparados e atentos à importância do exame. “A resposta aparece de forma satisfatória, pois temos certeza de que estamos cumprindo com o nosso papel de fiscalização preventiva, uma vez que permitimos o acesso ao exercício profissional de pessoas que apresentaram uma capacitação adequada”, afirma. Carneiro considera bom o percentual de aprovação na comparação com o primeiro, mas ainda está muito abaixo do esperado.
“É lógico que, quanto mais valorizada for a profissão, maior será a Demanda de trabalho para os profissionais”, pontua o presidente, enfatizando que o cenário contábil está sendo visto de uma maneira diferente por parte das instituições de ensino, órgãos governamentais, empresas da iniciativa privada, terceiro setor e Sociedade em geral.
O resultado foi considerado bom por todas as lideranças do Sistema CFC/CRCs. Apesar disso, o presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRC-RS),
Zulmir Breda, foi cauteloso em sua análise. Acredita que a comparação entre os resultados somente permitirá uma conclusão apropriada depois da quarta ou quinta edição, isso porque, segundo ele, os percentuais de aprovação podem sofrer diversas influências de uma edição para a outra e distorcer a comparação.
Gaúcho foi segundo melhor colocado no Rio Grande do Sul e sexto no Brasil
Ex-aluno da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), Felipe Klein Dias recebeu com surpresa a notícia da sua classificação nas provas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), que teve 85% de acertos. “Fico muito feliz, já que isso significa que o curso foi bom e meu esforço valeu a pena”, comenta. Dias formou-se em Contábeis em janeiro de 2011 e realizou as provas do CFC em maio deste ano. Para ele, toda pessoa que quer ter sucesso não deve ficar restrita aos ensinamentos ministrados em sala de aula. Para ele, os conhecimentos extraclasse são os mais interessantes e é necessário se aprofundar nos assuntos.
Dias sabe disso como ninguém, pois o curso de Contabilidade não foi sua única opção. Aos 27 anos, é formado também em Administração e Direito e acredita que a soma dos conhecimentos dessas doutrinas o levaram a um resultado positivo. O empenho, o estudo e a dedicação são as receitas do gaúcho que hoje trabalha na AES Brasil, na área de Planejamento Tributário, em São Paulo.
Com relação ao nível do teste, Dias considerou uma prova equilibrada. “Foram 30% de questões difíceis, 30% de questões fáceis e 40% de questões medianas”, classificou. Segundo ele, as provas abordaram todas as matérias do curso de graduação. “Creio que o número de questões e o tempo de realização da prova foram adequados e suficientes para avaliar o nível mínimo exigido dos profissionais de contabilidade”, resume.
Instituições necessitam aprimorar as práticas de ensino
As avaliações que medem o conhecimento de alunos e profissionais acabam colocando em xeque a qualidade do ensino no País. Atualmente, existem no Brasil 1.200 faculdades de Contabilidade. Os resultados das últimas provas dos Exames de Suficiência provocaram reflexões aos gestores das instituições de ensino.
Na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), por exemplo, de acordo com o coordenador do curso de Ciências Contábeis, Saulo Armos, as mudanças estão contempladas no Projeto Pedagógico, preparando o acadêmico para pensar e interpretar a Ciência Contábil.
“Desenvolvemos ações com ferramentas de gestão informatizadas por sistemas atualizados, idênticos aos encontrados nas empresas em que os alunos atuarão, através de Laboratórios de Informática, permitindo aos estudantes a reflexão sobre os resultados apurados”, comenta o professor, preocupado com o novo formato da contabilidade moderna.
“Nessa transição passamos a mensurar e julgar o patrimônio das empresas”, salienta, ao destacar a necessidade do preparo do contador. “Como vivenciamos esse momento de transformação, o mínimo que devemos colocar para nossos formandos é a permanente evolução do conhecimento. Devemos aconselhá-los a estudar, se capacitar e se aperfeiçoar”, aconselha.
A coordenadora do curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Metodista do IPA, Neusa Monser, acredita que as instituições estão conscientes sobre a importância da qualidade de ensino e as coordenadorias estão em busca dessas melhorias.
O presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Juarez Domingues Carneiro, diz que os resultados demonstram que as instituições não estão aptas a atender às necessidades do mercado, pois “não possuem uma boa biblioteca e os laboratórios deixam a desejar”. O último resultado do exame, em sua opinião, não significa que as instituições estejam mais qualificadas, demonstra apenas que os candidatos se prepararam. Apesar disso, Carneiro aposta na melhoria dos cursos.
A avaliação do professor e diretor do Instituto Insero Educação Corporativa, Wilson Riber Hamilton Danta, é bastante dura com relação à qualidade dos profissionais. “Ao analisarmos os resultados anteriores, mais precisamente as disciplinas cernes do curso, notamos que o desempenho é pior do que se pensa. O mau resultado não está restrito às matérias complementares, mas àquelas que formam o profissional”, lamenta o professor que coordenou um dos cursos preparatórios.
Na análise de desempenho por estado, de acordo com Danta, em nenhum dos 26 estados da União houve aprovação acima de 50%, seja para bacharéis ou para técnicos. Segundo ele, o desempenho dos alunos está atrelado à própria evolução do curso. De acordo com dados do censo de 2009 realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), o curso de Ciências Contábeis encontra-se entre os dez maiores cursos superiores do País, mais precisamente na sexta posição, com 235.274 matrículas em 2009, representando um crescimento em relação a 2005 de 34%.
Fonte: Jornal do Comércio - RS
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Composição da Base de Calculo do imposto e adicional no Lucro Presumido
A
composição da base de cálculo do imposto e adicional no regime do
lucro presumido será o montante determinado pela soma das seguintes
parcelas:
1)
valor resultante da aplicação dos percentuais de presunção de
lucro (que são variáveis conforme o tipo de atividade operacional
exercida pela pessoa jurídica) sobre a receita bruta auferida nos
trimestres encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e
31 de dezembro de cada ano calendário;
2)
ao resultado obtido conforme mencionado no item 1, anterior, deverão
ser acrescidos:
- os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras (renda fixa e variável);
- as variações monetárias ativas;
- todos os demais resultados positivos obtidos pela pessoa jurídica, inclusive os juros recebidos como remuneração do capital próprio, descontos financeiros obtidos e os juros ativos não decorrentes de aplicações, e outros como:
a)
os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre
pessoas jurídicas controladoras, controladas, coligadas ou
interligadas;
b)
os ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge) realizadas em
bolsas de valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de
balcão;
c)
a receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto
social da pessoa jurídica;
d)
os juros equivalentes à taxa SELIC, para títulos federais,
acumulada mensalmente, relativos a impostos e contribuições a serem
restituídos ou compensados;
e)
o valor correspondente ao lucro inflacionário realizado no período
em conformidade com o disposto no art. 36 da Instrução Normativa
SRF nº 93/97;
f)
multas e outras vantagens por rescisão contratual;
g)
os valores recuperados correspondentes a custos e despesas, inclusive
com perdas no recebimento de créditos, salvo se o contribuinte
comprovar não os ter deduzido em período anterior no qual tenha se
submetido à tributação com base no lucro real, ou que tais valores
se refiram a período a que tenha se submetido ao lucro presumido ou
arbitrado;
h)
a diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos
recebidos de instituição isenta, a título de devolução de
patrimônio, e o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos que
tenha sido entregue para a formação do referido patrimônio.
Convém
observar que de acordo com o art. 54 da Lei nº 9.430/96, a pessoa
jurídica que, até o ano-calendário anterior, houver sido tributada
com base no lucro real, deverá adicionar à base de cálculo do
Imposto de Renda, correspondente ao primeiro período de apuração
no qual houver optado pela tributação com base no lucro presumido
ou for tributada com base no lucro arbitrado, os saldos dos valores
cuja tributação havia diferido, controlados na Parte B do LALUR.
No
último trimestre de cada ano-calendário, a pessoa jurídica poderá
ter ainda que proceder aos seguintes cálculos na apuração dos
impostos e contribuições na sistemática do lucro presumido:
a)
valor resultante da aplicação dos percentuais de presunção de
lucro sobre a parcela das receitas auferidas nas exportações às
pessoas vinculadas ou aos países com tributação favorecida que
exceder ao valor já apropriado na escrituração da empresa;
b)
o valor dos encargos suportados pela mutuária que exceder o limite
calculado com base na taxa LIBOR, para depósitos em dólares dos
Estados Unidos da América, pelo prazo de seis meses, acrescido de
três por cento anuais a título de spread, proporcionalizados em
função do período a que se referirem os juros, quando pagos ou
creditados a pessoa vinculada no exterior e o contrato não for
registrado no Banco Central do Brasil;
c)
a diferença de receita, auferida pela mutuante, correspondente ao
valor calculado com base na taxa a que se refere o inciso anterior e
o valor contratado, quando este for inferior, caso o contrato, não
registrado no Banco Central do Brasil, seja realizado com mutuária
definida como pessoa vinculada domiciliada no exterior.
Base
legal: arts. 518, 519 e 521 do RIR/99 e art. 36 da Instrução
Normativa SRF nº 93/97.
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
O Reembolso de Despesas via Nota de Débito e a Tributação
Por várias vezes fui questionado sobre a incidência de tributos nas notas de débito emitidas para reembolso de despesas. Acredito que não temos que falar em impostos sobre estas notas, visto que a emissão das mesmas, não traz nenhum acréscimo de patrimônio, tratando-se apenas de mera reposição de um gasto ocorrido.
Para ajudar a fundamentar este pensamento, encontrei no link abaixo uma análise completa feita pelo advogado Paulo Attie.
http://www.tactus.com.br/2010/05/13/o-reembolso-de-despesas-via-nota-de-debito-e-a-tributacao/
Acredito que este trabalho ajude-nos bastante.
Como administrar um escritório contábil de sucesso
Apesar do crescimento da quantidade de pessoas interessadas na estabilidade proporcionada por uma carreira no funcionalismo público ou em uma grande empresa, ainda é expressivo o número de contabilistas que sonham em montar o seu próprio escritório e, principalmente, vê-lo crescer e se tornar um empreendimento de sucesso. Entretanto, para alcançar uma boa posição no mercado, o contador deve se transformar em um verdadeiro empresário contábil, processo que, na maioria das vezes, é demorado e exige muita dedicação.
É natural sentir um pouco de medo ao iniciar o seu próprio negócio, afinal de contas, sempre existe certo Risco inerente ao empreendedorismo. Por isso, daremos a seguir algumas dicas que podem ajudar os contabilistas interessados em começar sua empresa contábil.
Normalmente, o escritório contábil inicia suas atividades com poucos recursos, muitas vezes na própria residência do profissional responsável. A estrutura de uma empresa de Serviços contábeis de médio ou grande porte não é barata e, por isso, muitos contabilistas começam como profissionais liberais, verdadeiras “empresas de uma pessoa só”, nas quais eles são responsáveis por todos os serviços, tanto operacionais quanto administrativos.
Fazendo o seu trabalho com competência, esse profissional tenderá a conseguir cada vez mais clientes, chegando ao ponto em que ele sozinho não conseguirá atender à Demanda pelos seus serviços. Nesse momento, o contabilista precisa tomar uma importante decisão: manter o status quo, continuando como profissional liberal e tendo que recusar clientes devido a sua falta de infra-estrutura ou então se arriscar um pouco mais e iniciar sua jornada como empresário contábil.
Optando por avançar como empreendedor, o contabilista terá que investir em uma estrutura maior, se associando a alguns colegas, contratando uma equipe para lhe auxiliar e, provavelmente, adquirindo ou alugando um espaço físico maior. Nesse momento, morre a figura do profissional liberal e nasce o escritório contábil. Ainda que o contador continue executando a maior parte dos serviços, ele agora poderá atender a um número muito maior de clientes, pois possui uma estrutura mais preparada.
Apesar do aumento no Faturamento ocasionado pela entrada da nova clientela, nesse momento é preciso uma atenção especial no controle econômico e financeiro desse novo escritório, pois é comum que esses Investimentos na ampliação da estrutura operacional só dêem o retorno esperado no médio prazo. Assim, é provável que o lucro dos primeiros meses seja menor do que o obtido no período em que se estava atuando como profissional liberal.
Afinal de contas, os custos fixos foram elevados consideravelmente e leva algum tempo para que a receita cresça em proporção. Porém, passado esse primeiro momento, o escritório, se bem administrado, deve começar a dar retorno e o contabilista estará mais próximo de se tornar um empresário contábil de sucesso.
Para se alcançar o sucesso é necessário muito planejamento, por isso se faz necessário definir claramente as diretrizes estratégicas (missão, visão, valores e objetivos) do escritório, deixando bem clara para os clientes internos e externos a direção que se pretende tomar. Muitos donos de escritório são excelentes profissionais, porém não atentam para a necessidade da gestão do seu próprio empreendimento.
Como qualquer outra entidade, um escritório contábil precisa de um organograma bem definido, permitindo uma clara divisão de tarefas entre todos os colaboradores e facilitando a implantação de ferramentas de controle. Fazendo jus à expressão “casa de ferreiro, espeto de pau”, muitos escritórios contábeis sequer possuem uma contabilidade interna organizada para a tomada de decisão, o que, no longo prazo, impede o seu desenvolvimento.
Mesmo com uma boa gestão, não basta apenas abrir um escritório e esperar que os clientes simplesmente batam à sua porta querendo contratar seus serviços. Para que o empreendimento se desenvolva é fundamental formar uma boa clientela e isso só será alcançado se o empresário contábil souber conquistar novos clientes e, principalmente, manter fiéis os clientes já conquistados.
Novos clientes são conquistados por indicação (quando um cliente percebe a qualidade do seu serviço é natural que ele o indique a outras empresas) ou através de Investimentos em publicidade. Investir no fortalecimento da sua marca é essencial para alcançar um bom posicionamento no mercado e, como ainda são poucos os escritórios que sabem utilizar adequadamente os recursos publicitários a seu favor, esse pode ser um grande diferencial competitivo.
A publicidade dos Serviços contábeis possui algumas particularidades impostas até mesmo pelo nosso código de ética profissional. Entretanto, existem várias obras que abordam de maneira clara e objetiva o que pode e o que não pode ser feito na divulgação dos Serviços contábeis, muitas delas disponibilizadas gratuitamente na internet.
Como abordamos anteriormente, não basta apenas conquistar novos clientes, sendo preciso também fidelizar os já conquistados. Manter os clientes atuais chega a ser até três vezes mais barato do que conseguir novos e pode ser feito de maneira relativamente simples, através da prestação de Serviços de qualidade e da inovação, buscando surpreender os clientes com novidades que os auxiliem na tomada de decisão. Muitas vezes, pequenas inovações são o suficiente para diferenciar seus Serviços e fascinar seu cliente, por isso, seja criativo e tente sempre desenvolver soluções novas.
Em resumo, para administrar um escritório de contabilidade de forma eficaz não basta ser um excelente contador, mas é preciso desenvolver características empreendedoras e se empenhar para o sucesso do empreendimento. Com o passar do tempo, o dono do escritório irá gradualmente se afastar das atividades técnicas e focará cada vez mais na gestão, por isso é fundamental conhecer bem o seu negócio e contar com uma equipe de qualidade.
Autor: André Charone Tavares Lopes
É natural sentir um pouco de medo ao iniciar o seu próprio negócio, afinal de contas, sempre existe certo Risco inerente ao empreendedorismo. Por isso, daremos a seguir algumas dicas que podem ajudar os contabilistas interessados em começar sua empresa contábil.
Normalmente, o escritório contábil inicia suas atividades com poucos recursos, muitas vezes na própria residência do profissional responsável. A estrutura de uma empresa de Serviços contábeis de médio ou grande porte não é barata e, por isso, muitos contabilistas começam como profissionais liberais, verdadeiras “empresas de uma pessoa só”, nas quais eles são responsáveis por todos os serviços, tanto operacionais quanto administrativos.
Fazendo o seu trabalho com competência, esse profissional tenderá a conseguir cada vez mais clientes, chegando ao ponto em que ele sozinho não conseguirá atender à Demanda pelos seus serviços. Nesse momento, o contabilista precisa tomar uma importante decisão: manter o status quo, continuando como profissional liberal e tendo que recusar clientes devido a sua falta de infra-estrutura ou então se arriscar um pouco mais e iniciar sua jornada como empresário contábil.
Optando por avançar como empreendedor, o contabilista terá que investir em uma estrutura maior, se associando a alguns colegas, contratando uma equipe para lhe auxiliar e, provavelmente, adquirindo ou alugando um espaço físico maior. Nesse momento, morre a figura do profissional liberal e nasce o escritório contábil. Ainda que o contador continue executando a maior parte dos serviços, ele agora poderá atender a um número muito maior de clientes, pois possui uma estrutura mais preparada.
Apesar do aumento no Faturamento ocasionado pela entrada da nova clientela, nesse momento é preciso uma atenção especial no controle econômico e financeiro desse novo escritório, pois é comum que esses Investimentos na ampliação da estrutura operacional só dêem o retorno esperado no médio prazo. Assim, é provável que o lucro dos primeiros meses seja menor do que o obtido no período em que se estava atuando como profissional liberal.
Afinal de contas, os custos fixos foram elevados consideravelmente e leva algum tempo para que a receita cresça em proporção. Porém, passado esse primeiro momento, o escritório, se bem administrado, deve começar a dar retorno e o contabilista estará mais próximo de se tornar um empresário contábil de sucesso.
Para se alcançar o sucesso é necessário muito planejamento, por isso se faz necessário definir claramente as diretrizes estratégicas (missão, visão, valores e objetivos) do escritório, deixando bem clara para os clientes internos e externos a direção que se pretende tomar. Muitos donos de escritório são excelentes profissionais, porém não atentam para a necessidade da gestão do seu próprio empreendimento.
Como qualquer outra entidade, um escritório contábil precisa de um organograma bem definido, permitindo uma clara divisão de tarefas entre todos os colaboradores e facilitando a implantação de ferramentas de controle. Fazendo jus à expressão “casa de ferreiro, espeto de pau”, muitos escritórios contábeis sequer possuem uma contabilidade interna organizada para a tomada de decisão, o que, no longo prazo, impede o seu desenvolvimento.
Mesmo com uma boa gestão, não basta apenas abrir um escritório e esperar que os clientes simplesmente batam à sua porta querendo contratar seus serviços. Para que o empreendimento se desenvolva é fundamental formar uma boa clientela e isso só será alcançado se o empresário contábil souber conquistar novos clientes e, principalmente, manter fiéis os clientes já conquistados.
Novos clientes são conquistados por indicação (quando um cliente percebe a qualidade do seu serviço é natural que ele o indique a outras empresas) ou através de Investimentos em publicidade. Investir no fortalecimento da sua marca é essencial para alcançar um bom posicionamento no mercado e, como ainda são poucos os escritórios que sabem utilizar adequadamente os recursos publicitários a seu favor, esse pode ser um grande diferencial competitivo.
A publicidade dos Serviços contábeis possui algumas particularidades impostas até mesmo pelo nosso código de ética profissional. Entretanto, existem várias obras que abordam de maneira clara e objetiva o que pode e o que não pode ser feito na divulgação dos Serviços contábeis, muitas delas disponibilizadas gratuitamente na internet.
Como abordamos anteriormente, não basta apenas conquistar novos clientes, sendo preciso também fidelizar os já conquistados. Manter os clientes atuais chega a ser até três vezes mais barato do que conseguir novos e pode ser feito de maneira relativamente simples, através da prestação de Serviços de qualidade e da inovação, buscando surpreender os clientes com novidades que os auxiliem na tomada de decisão. Muitas vezes, pequenas inovações são o suficiente para diferenciar seus Serviços e fascinar seu cliente, por isso, seja criativo e tente sempre desenvolver soluções novas.
Em resumo, para administrar um escritório de contabilidade de forma eficaz não basta ser um excelente contador, mas é preciso desenvolver características empreendedoras e se empenhar para o sucesso do empreendimento. Com o passar do tempo, o dono do escritório irá gradualmente se afastar das atividades técnicas e focará cada vez mais na gestão, por isso é fundamental conhecer bem o seu negócio e contar com uma equipe de qualidade.
Autor: André Charone Tavares Lopes
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Eleições no CRC-RJ - Prazo Final
Os contabilistas do estado do Rio de Janeiro, tem até amanhã, 18/11 as 17:00 h, para votarem nas Eleições do CRC-RJ. Lembro que o voto é obrigatório para o regular exercício da profissão, e caso o profissional não possa participar da votação, deverá justificar a sua ausência.
Todas as orientações sobre a votação ou a justificativa, estão nos sites do CRC e do CFC.
- crc.org.br
- cfc.org.br
Todas as orientações sobre a votação ou a justificativa, estão nos sites do CRC e do CFC.
- crc.org.br
- cfc.org.br
Novos valores do Simples Nacional passam a valer em 2012
A partir de janeiro de 2012 passará a valer os novos valores de tributação sobre o Simples Nacional e do Empreendedor Individual. A nova Lei, sancionada no dia 10 de novembro de 2011, prevê um reajuste de 50% nas faixas de enquadramento e no teto da receita bruta anual das empresas optantes pelo sistema.
O valor anual das microempresas, que antes era de R$ 240 mil passará a ser de R$ 360 mil, e o das pequenas empresas mudou de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões. O teto do empreendedor individual aumentou de R$ 36 mil para R$ 60 mil por ano. O simples Nacional reúne os impostos federais IRPJ, PIS/PASEP, Cofins, IPI e INSS Patronal, mais o ICMS, tributado pelos estados e o ISS, pelos municípios.
As empresas enquadradas no Simples também poderão parcelar, em até 60 meses, os débitos tributários, o que até agora não era permitido. Segundo o Sebrae (Serviço de Apoio ao Empreendedor e Pequeno Empresário), mais de 500 mil empresas do sistema têm dívidas com os fiscos federal, estadual e municipal. Sem o parcelamento, elas seriam retiradas do sistema em janeiro de 2012. Com a mudança, elas poderão resolver sua situação tributária.
O valor anual das microempresas, que antes era de R$ 240 mil passará a ser de R$ 360 mil, e o das pequenas empresas mudou de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões. O teto do empreendedor individual aumentou de R$ 36 mil para R$ 60 mil por ano. O simples Nacional reúne os impostos federais IRPJ, PIS/PASEP, Cofins, IPI e INSS Patronal, mais o ICMS, tributado pelos estados e o ISS, pelos municípios.
As empresas enquadradas no Simples também poderão parcelar, em até 60 meses, os débitos tributários, o que até agora não era permitido. Segundo o Sebrae (Serviço de Apoio ao Empreendedor e Pequeno Empresário), mais de 500 mil empresas do sistema têm dívidas com os fiscos federal, estadual e municipal. Sem o parcelamento, elas seriam retiradas do sistema em janeiro de 2012. Com a mudança, elas poderão resolver sua situação tributária.
Fonte: Portal CRC-SP
sábado, 6 de agosto de 2011
Modelo de Contrato Social
Uma das atividades exercidas por um escritório contábil é a legalização de empresas.
O primeiro desafio que surge para a execução deste trabalho é a elaboração do contrato social da empresa que será legalizada.
Visando facilitar esta tarefa, segue abaixo um Link com um modelo de contrato criado pelo CRC-RJ.
http://www.crc.org.br/modelos/Modelo_Basico_de_Contrato.pdf
Não esqueçam que este é apenas um modelo, e que outras cláusulas podem ser adicionadas conforme análise das características da sociedade que surge.
O primeiro desafio que surge para a execução deste trabalho é a elaboração do contrato social da empresa que será legalizada.
Visando facilitar esta tarefa, segue abaixo um Link com um modelo de contrato criado pelo CRC-RJ.
http://www.crc.org.br/modelos/Modelo_Basico_de_Contrato.pdf
Não esqueçam que este é apenas um modelo, e que outras cláusulas podem ser adicionadas conforme análise das características da sociedade que surge.
DACON - Alteração do prazo de entrega
A Receita Federal, através da IN nº 1.178 de 1º de agosto de 2011, alterou para o 5º dia útil do mês de outubro de 2011, o prazo final para entrega da DACON referentes aos fatos geradores ocorridos nos meses de abril a julho de 2011.
Na prática isto significa mais um trabalho acumulado que teremos.
Na prática isto significa mais um trabalho acumulado que teremos.
terça-feira, 29 de março de 2011
Receita Federal de olho nos sonegadores.
A Receita Federal do Brasil deu inicio a um conjunto de ações de fiscalização com o objetivo de investigar, em todo o país, contribuintes cujas declarações do imposto de renda revelem indícios de sonegação. As ações foram anunciadas em entrevista coletiva pelo Coordenador-Geral de Fiscalização, Antonio Zomer.
O fisco cruzou informações de várias fontes e identificou sinais de omissão de rendimentos e de redução indevida da base de cálculo do imposto de renda em um grande número de contribuintes. A análise da Receita demonstrou que muitos contribuintes deixaram de incluir em suas declarações grande parte de seus rendimentos. Outros incluíram deduções irreais, valores de dependentes ou despesas médicas inexistentes ou indevidamente majoradas com a intenção de diminuir o valor do imposto a pagar ou aumentar o valor do imposto a restituir. Também participou da entrevista o Coordenador-Geral de Programação e Estudos da Subsecretaria de Fiscalização, Iágaro Jung Martins.
As principais operações que serão fiscalizadas são:
Alguns profissionais autônomos da área da saúde (médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas) têm declarado como rendimentos valores significativamente menores do que aqueles informados pelas pessoas físicas tomadoras dos serviços. No ano-calendário de 2008, por exemplo, foram detectados 528 casos em que a diferença supera R$ 50.000,00. Em 106 casos essa diferença é superior a R$ 300.000,00. Em média, 162 pessoas físicas declararam que pagaram por serviços prestados por esses 528 profissionais. Os 26 contribuintes que mais omitiram rendimentos prestaram serviços para no mínimo 400 clientes. Os indícios, que dependem de procedimentos de auditoria para serem confirmados, podem significar:
a) omissão de rendimentos pelos prestadores de serviços; ou
b) falsidade na declaração das pessoas físicas tomadoras do serviço, para aumentar a restituição do imposto. Neste caso, além da glosa da restituição, esses contribuintes serão representados criminalmente ao Ministério Público Federal.
Ganhos líquidos em bolsa de valores. A Receita aprimorou os critérios de seleção e de execução de procedimentos de fiscalização para os contribuintes que operam no mercado de renda variável. Em 2010 foram encerradas 300 fiscalizações dessa natureza, sobretudo em contribuintes que apresentavam grande volume de operações e valor reduzido de imposto pago.
O total lançado em 2010 foi de R$ 162,6 milhões, com um valor médio de R$ 500.000,00 por contribuinte fiscalizado. Três desses contribuintes foram atuados em mais de R$ 10.000.000,00.
Recebimento de remuneração disfarçada sobre a forma de previdência privada. As equipes de seleção detectaram que muitas empresas têm remunerado seus funcionários (principalmente executivos) sob a forma disfarçada de planos de previdência privada.
Os alvos iniciais são 787 executivos de empresas com receita bruta acima de R$ 20 milhões/ano, que constam como beneficiários de aplicações em previdência privada efetuadas pelas empresas em 2008, em montante superior a R$ 466.000.000,00 (valor total para os 787 executivos). As empresas se utilizam deste artifício para não pagar a contribuição previdenciária patronal (alíquota de 20% sobre a folha de pagamento). Para as pessoas físicas, o benefício está em não sofrer o desconto do IR na fonte (de até 27,5%) e da contribuição previdenciária.
Rendimentos recebidos do exterior. Serão realizados procedimentos de fiscalização junto a pessoas físicas que recebem rendimentos de organismos internacionais e que estão sujeitos ao carnê-leão (apuração mensal do imposto mediante a utilização da tabela progressiva). A Receita Federal controla os valores pagos a essas pessoas físicas pela Declaração de Rendimentos Pagos a Consultores por Organismos Internacionais – DERC.
Rendimentos de ações judiciais. O fisco tem recebido, via Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte – DIRF informações de contribuintes beneficiários de ações judiciais que esquecem de declarar esses rendimentos, por acharem que a retenção efetuada pela instituição financeira (3%) é tudo o que é devido sobre este tipo de rendimento. No entanto, a tributação observa a natureza dos rendimentos. Logo, se o rendimento tem natureza salarial, por exemplo, está sujeito à tabela do IRPF, garantido ao contribuinte o direito de compensar o imposto retido por ocasião do recebimento do precatório ou requisição de pequeno valor.
Ganho de capital na alienação de bens. Os ganhos obtidos nas operações de alienação de bens imóveis para aquisição de imóveis de maior valor, excluídos os casos de isenção previstos em lei, devem ser tributado pelos contribuintes. Neste tipo de infração, o alvo maior da fiscalização está no combate ao planejamento tributário abusivo, praticado por sócios de pessoas jurídicas que alienam bens que originalmente integravam o ativo permanente da sociedade. O planejamento tributário abusivo se estrutura previamente, mediante a devolução de capital ao sócio, que alienará o bem recebido logo em seguida.
Ações em Escritórios de Contabilidade
A Receita Federal, por meio dos seus escritórios de pesquisa e investigação, vai acompanhar a movimentação de entregas de declarações pelos escritórios de contabilidade suspeitos de cometerem fraudes em série, com o fim de proporcionar restituições indevidas para os seus clientes.
Entre as irregularidades praticadas pelos escritórios investigados em anos anteriores, destacam-se a simulação de despesas com médicos, clínicas, instituições de ensino e pensões alimentícias, e o aumento fictício do imposto de renda retido pelas fontes pagadoras.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social - Ascom RFB
O fisco cruzou informações de várias fontes e identificou sinais de omissão de rendimentos e de redução indevida da base de cálculo do imposto de renda em um grande número de contribuintes. A análise da Receita demonstrou que muitos contribuintes deixaram de incluir em suas declarações grande parte de seus rendimentos. Outros incluíram deduções irreais, valores de dependentes ou despesas médicas inexistentes ou indevidamente majoradas com a intenção de diminuir o valor do imposto a pagar ou aumentar o valor do imposto a restituir. Também participou da entrevista o Coordenador-Geral de Programação e Estudos da Subsecretaria de Fiscalização, Iágaro Jung Martins.
As principais operações que serão fiscalizadas são:
Alguns profissionais autônomos da área da saúde (médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas) têm declarado como rendimentos valores significativamente menores do que aqueles informados pelas pessoas físicas tomadoras dos serviços. No ano-calendário de 2008, por exemplo, foram detectados 528 casos em que a diferença supera R$ 50.000,00. Em 106 casos essa diferença é superior a R$ 300.000,00. Em média, 162 pessoas físicas declararam que pagaram por serviços prestados por esses 528 profissionais. Os 26 contribuintes que mais omitiram rendimentos prestaram serviços para no mínimo 400 clientes. Os indícios, que dependem de procedimentos de auditoria para serem confirmados, podem significar:
a) omissão de rendimentos pelos prestadores de serviços; ou
b) falsidade na declaração das pessoas físicas tomadoras do serviço, para aumentar a restituição do imposto. Neste caso, além da glosa da restituição, esses contribuintes serão representados criminalmente ao Ministério Público Federal.
Ganhos líquidos em bolsa de valores. A Receita aprimorou os critérios de seleção e de execução de procedimentos de fiscalização para os contribuintes que operam no mercado de renda variável. Em 2010 foram encerradas 300 fiscalizações dessa natureza, sobretudo em contribuintes que apresentavam grande volume de operações e valor reduzido de imposto pago.
O total lançado em 2010 foi de R$ 162,6 milhões, com um valor médio de R$ 500.000,00 por contribuinte fiscalizado. Três desses contribuintes foram atuados em mais de R$ 10.000.000,00.
Recebimento de remuneração disfarçada sobre a forma de previdência privada. As equipes de seleção detectaram que muitas empresas têm remunerado seus funcionários (principalmente executivos) sob a forma disfarçada de planos de previdência privada.
Os alvos iniciais são 787 executivos de empresas com receita bruta acima de R$ 20 milhões/ano, que constam como beneficiários de aplicações em previdência privada efetuadas pelas empresas em 2008, em montante superior a R$ 466.000.000,00 (valor total para os 787 executivos). As empresas se utilizam deste artifício para não pagar a contribuição previdenciária patronal (alíquota de 20% sobre a folha de pagamento). Para as pessoas físicas, o benefício está em não sofrer o desconto do IR na fonte (de até 27,5%) e da contribuição previdenciária.
Rendimentos recebidos do exterior. Serão realizados procedimentos de fiscalização junto a pessoas físicas que recebem rendimentos de organismos internacionais e que estão sujeitos ao carnê-leão (apuração mensal do imposto mediante a utilização da tabela progressiva). A Receita Federal controla os valores pagos a essas pessoas físicas pela Declaração de Rendimentos Pagos a Consultores por Organismos Internacionais – DERC.
Rendimentos de ações judiciais. O fisco tem recebido, via Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte – DIRF informações de contribuintes beneficiários de ações judiciais que esquecem de declarar esses rendimentos, por acharem que a retenção efetuada pela instituição financeira (3%) é tudo o que é devido sobre este tipo de rendimento. No entanto, a tributação observa a natureza dos rendimentos. Logo, se o rendimento tem natureza salarial, por exemplo, está sujeito à tabela do IRPF, garantido ao contribuinte o direito de compensar o imposto retido por ocasião do recebimento do precatório ou requisição de pequeno valor.
Ganho de capital na alienação de bens. Os ganhos obtidos nas operações de alienação de bens imóveis para aquisição de imóveis de maior valor, excluídos os casos de isenção previstos em lei, devem ser tributado pelos contribuintes. Neste tipo de infração, o alvo maior da fiscalização está no combate ao planejamento tributário abusivo, praticado por sócios de pessoas jurídicas que alienam bens que originalmente integravam o ativo permanente da sociedade. O planejamento tributário abusivo se estrutura previamente, mediante a devolução de capital ao sócio, que alienará o bem recebido logo em seguida.
Ações em Escritórios de Contabilidade
A Receita Federal, por meio dos seus escritórios de pesquisa e investigação, vai acompanhar a movimentação de entregas de declarações pelos escritórios de contabilidade suspeitos de cometerem fraudes em série, com o fim de proporcionar restituições indevidas para os seus clientes.
Entre as irregularidades praticadas pelos escritórios investigados em anos anteriores, destacam-se a simulação de despesas com médicos, clínicas, instituições de ensino e pensões alimentícias, e o aumento fictício do imposto de renda retido pelas fontes pagadoras.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social - Ascom RFB
O Contador Ideal que as Empresas Procuram no Momento
O crescimento da presença das empresas brasileiras no mercado financeiro internacional está revolucionado o perfil dos contadores no país. Além de aumentar a demanda, o novo cenário pede profissionais com um perfil mais estratégico e voltado para o mundo dos negócios.
Isso significa que a imagem de senhores sisudos que passam o dia atrás de uma calculadora científica e de uma montanha de formulários não cola mais com essa carreira. "O profissional de contabilidade deixou de ser tecnicista", afirma Edgar Cornachione, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP).
Os executivos das principais empresas brasileiras confirmam isso. Segundo pesquisa da consultoria Robert Half divulgada em julho, 96% das companhias brasileiras admitem que os profissionais de contabilidade tornaram-se peças centrais para a tomada de decisões.
De acordo com especialistas, o aquecimento da economia e o crescimento da participação brasileira no mercado internacional são os principais fatores para essa mudança nos rumos da profissão. "A competição está mais acirrada. Isso faz com que a empresa fique mais pressionada pelo mercado", diz Edilene Santana Santos professora da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP).
Nesse novo cenário, as companhias estão mais cautelosas durante os processos decisórios. E, por conta disso, cresce a demanda por profissionais capazes de analisar todas as variáveis em questão.
O pesquisador da USP exemplifica isso com situações de compra de ativos pela empresa. Segundo ele, antes, o contador era chamado para apenas registrar a operação. "Hoje, ele participa da decisão junto com os outros gestores", diz.
Regras internacionais
O fenômeno é uma tendência mundial. "Recentemente, os países membros do G20 definiram que é prioritária a adoção de uma linguagem comum de contabilidade entre as nações do mundo", lembra Maria Clara Cavalcante Bugarim, vice-presidente de Desenvolvimento Profissional e Institucional do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
Sem normas universais para o exercício da contabilidade, os países viviam em uma espécie de torre de Babel. "Era possível que uma empresa, de acordo com as regras usadas no Brasil, fosse altamente lucrativa, mas que em outro país apresentasse prejuízo, apenas por causa das diferenças entre as normas", afirma a especialista.
Por isso, a partir de 2007, o Brasil passou a adotar o International Financial Reporting Standards (IFRS), o conjunto de regras contábeis determinados pela International Accounting Standards Board (IASB), com sede em Londres. "Isso dá mais segurança para os acionistas", explica.
O novo conjunto de regras cooperou para a revolução na carreira. "O exercício da contabilidade era bem formalista. Tudo estava previsto na lei", explica Edilene, da FGV. Nem sempre, contudo, a legislação correspondia à realidade de todas as empresas. Um exemplo disso, segundo a professora, era o momento de registrar a depreciação dos ativos da empresa. No caso de veículos, ela explica, a Receita Federal determina que após um período de cinco anos de uso, o valor do carro é igual a zero.
"No entanto, há muitos carros rodando com mais de cinco anos. Mas o contador não avaliava o tempo real de vida útil dos ativos. Seguia apenas o que as regras mandavam", diz. Com o IFRS, o profissional precisa julgar a vida econômica real do ativo. "E, para isso, ele precisa entender bem do negócio".
O fim do check list
Por isso, o contador não pode trabalhar em uma empresa sem entender qual a lógica por traz de cada dado que registra nos relatórios. "Antes era possível ser um bom contador sem entender tanto do negócio em questão. O profissional apenas reagia às transações", afirma Cornachione, da USP. "Agora, ele deixa de ser apenas a pessoa que tinha o conhecimento da linguagem dos negócios para deter conhecimentos sobre a lógica do negócio".
Nesse contexto, circular e compreender todas as áreas da companhia é essencial para o profissional, afirma William Monteath, diretor de operações da Robert Half.
"Isso o torna mais completo, afinal o setor de finanças interage com todos os outros", diz. Fluência em inglês, pós-graduação no setor de atuação e capacidade de liderança completam os requisitos do contador procurado pelas grandes companhias brasileiras.
Atualmente, os serviços de auditoria e consultoria, segundo os especialistas, são os que oferecem as melhores oportunidades de salário e carreira. Isso se deve, de acordo com Edilene, da FGV, ao fato de que, desde 2008, as empresas de grande porte são obrigadas a contratar serviços de auditoria externa. Até então, a exigência estava restrita às companhias de capital aberto.
Além disso, o crescimento economia brasileira também está puxando a demanda por profissionais no setor. Indústria e mercado financeiro lideram as contratações, apontam os especialistas.Mas, diante da miríade de oportunidades, profissional deve manter o foco. "Ele precisa repensar sua carreira e ver nitidamente em qual canoa quer colocar o pé. Para então, investir as fichas", afirma o professor Cornachione.
Fonte: Portal Exame.
Isso significa que a imagem de senhores sisudos que passam o dia atrás de uma calculadora científica e de uma montanha de formulários não cola mais com essa carreira. "O profissional de contabilidade deixou de ser tecnicista", afirma Edgar Cornachione, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP).
Os executivos das principais empresas brasileiras confirmam isso. Segundo pesquisa da consultoria Robert Half divulgada em julho, 96% das companhias brasileiras admitem que os profissionais de contabilidade tornaram-se peças centrais para a tomada de decisões.
De acordo com especialistas, o aquecimento da economia e o crescimento da participação brasileira no mercado internacional são os principais fatores para essa mudança nos rumos da profissão. "A competição está mais acirrada. Isso faz com que a empresa fique mais pressionada pelo mercado", diz Edilene Santana Santos professora da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP).
Nesse novo cenário, as companhias estão mais cautelosas durante os processos decisórios. E, por conta disso, cresce a demanda por profissionais capazes de analisar todas as variáveis em questão.
O pesquisador da USP exemplifica isso com situações de compra de ativos pela empresa. Segundo ele, antes, o contador era chamado para apenas registrar a operação. "Hoje, ele participa da decisão junto com os outros gestores", diz.
Regras internacionais
O fenômeno é uma tendência mundial. "Recentemente, os países membros do G20 definiram que é prioritária a adoção de uma linguagem comum de contabilidade entre as nações do mundo", lembra Maria Clara Cavalcante Bugarim, vice-presidente de Desenvolvimento Profissional e Institucional do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
Sem normas universais para o exercício da contabilidade, os países viviam em uma espécie de torre de Babel. "Era possível que uma empresa, de acordo com as regras usadas no Brasil, fosse altamente lucrativa, mas que em outro país apresentasse prejuízo, apenas por causa das diferenças entre as normas", afirma a especialista.
Por isso, a partir de 2007, o Brasil passou a adotar o International Financial Reporting Standards (IFRS), o conjunto de regras contábeis determinados pela International Accounting Standards Board (IASB), com sede em Londres. "Isso dá mais segurança para os acionistas", explica.
O novo conjunto de regras cooperou para a revolução na carreira. "O exercício da contabilidade era bem formalista. Tudo estava previsto na lei", explica Edilene, da FGV. Nem sempre, contudo, a legislação correspondia à realidade de todas as empresas. Um exemplo disso, segundo a professora, era o momento de registrar a depreciação dos ativos da empresa. No caso de veículos, ela explica, a Receita Federal determina que após um período de cinco anos de uso, o valor do carro é igual a zero.
"No entanto, há muitos carros rodando com mais de cinco anos. Mas o contador não avaliava o tempo real de vida útil dos ativos. Seguia apenas o que as regras mandavam", diz. Com o IFRS, o profissional precisa julgar a vida econômica real do ativo. "E, para isso, ele precisa entender bem do negócio".
O fim do check list
Por isso, o contador não pode trabalhar em uma empresa sem entender qual a lógica por traz de cada dado que registra nos relatórios. "Antes era possível ser um bom contador sem entender tanto do negócio em questão. O profissional apenas reagia às transações", afirma Cornachione, da USP. "Agora, ele deixa de ser apenas a pessoa que tinha o conhecimento da linguagem dos negócios para deter conhecimentos sobre a lógica do negócio".
Nesse contexto, circular e compreender todas as áreas da companhia é essencial para o profissional, afirma William Monteath, diretor de operações da Robert Half.
"Isso o torna mais completo, afinal o setor de finanças interage com todos os outros", diz. Fluência em inglês, pós-graduação no setor de atuação e capacidade de liderança completam os requisitos do contador procurado pelas grandes companhias brasileiras.
Atualmente, os serviços de auditoria e consultoria, segundo os especialistas, são os que oferecem as melhores oportunidades de salário e carreira. Isso se deve, de acordo com Edilene, da FGV, ao fato de que, desde 2008, as empresas de grande porte são obrigadas a contratar serviços de auditoria externa. Até então, a exigência estava restrita às companhias de capital aberto.
Além disso, o crescimento economia brasileira também está puxando a demanda por profissionais no setor. Indústria e mercado financeiro lideram as contratações, apontam os especialistas.Mas, diante da miríade de oportunidades, profissional deve manter o foco. "Ele precisa repensar sua carreira e ver nitidamente em qual canoa quer colocar o pé. Para então, investir as fichas", afirma o professor Cornachione.
Fonte: Portal Exame.
Receita Federal aumenta seu poder de fiscalização com novas declarações.
A Receita Federal dispõe de um sofisticado sistema eletrônico que permite cruzar as informações prestadas pelos contribuintes na declaração do Imposto de Renda.
Uma vez recebidos, esses dados são cruzados com aqueles armazenados nos computadores da Receita. Esse sistema é abastecido por diversas declarações exigidas de empresas e de outros órgãos públicos e privados.
A cada ano, esses sistemas são aperfeiçoados visando evitar a sonegação.
Para este ano, a nova "arma" será a Dmed -a declaração fornecida pelas prestadoras de serviços de saúde e operadoras de planos privados de assistência à saúde.
Mas as "armas" criadas em anos anteriores continuam em pleno funcionamento.
Uma delas é a Dimof (Declaração de Informações sobre Movimentação Financeira), com os dados sobre as operações efetuadas pelos clientes de bancos.
As instituições informam ao fisco as transações dos clientes acima de R$ 5.000 por semestre -R$ 833 por mês. Para empresas, o limite é de R$ 10 mil por semestre.
Outra "arma" do fisco é a Dimob (Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias), entregue, entre outros, pelas construtoras, pelas incorporadoras e pelas imobiliárias.
Com ela, a Receita sabe quem comprou e quem vendeu imóveis, a data e o valor da transação e a comissão paga ao corretor (se for o caso). Os dados são usados para detectar se há divergência entre as informações fornecidas pelos contribuintes.
Também para evitar a sonegação com imóveis, foi criada a DOI (Declaração sobre Operações Imobiliárias).
Ela tem de ser entregue pelos serventuários da Justiça responsáveis por cartórios de notas, de registro de imóveis e de títulos e documentos, informando os valores de todos os negócios registrados.
Outra "arma" é a Decred (Declaração de Operações com Cartão de Crédito).
Por ela, as administradoras de cartões informam ao fisco, semestralmente, as operações feitas com cartão de crédito que excedem R$ 5.000 mensais (pessoas físicas) e R$ 10 mil (empresas).
A intenção é identificar quem gasta mais do que permite a renda declarada, bem como as lojas que vendem pelo cartão de crédito, mas não emitem nota fiscal para pagar menos tributos.
Por estas e outras, tenha muito cuidado no preenchimento de sua declaração
Uma vez recebidos, esses dados são cruzados com aqueles armazenados nos computadores da Receita. Esse sistema é abastecido por diversas declarações exigidas de empresas e de outros órgãos públicos e privados.
A cada ano, esses sistemas são aperfeiçoados visando evitar a sonegação.
Para este ano, a nova "arma" será a Dmed -a declaração fornecida pelas prestadoras de serviços de saúde e operadoras de planos privados de assistência à saúde.
Mas as "armas" criadas em anos anteriores continuam em pleno funcionamento.
Uma delas é a Dimof (Declaração de Informações sobre Movimentação Financeira), com os dados sobre as operações efetuadas pelos clientes de bancos.
As instituições informam ao fisco as transações dos clientes acima de R$ 5.000 por semestre -R$ 833 por mês. Para empresas, o limite é de R$ 10 mil por semestre.
Outra "arma" do fisco é a Dimob (Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias), entregue, entre outros, pelas construtoras, pelas incorporadoras e pelas imobiliárias.
Com ela, a Receita sabe quem comprou e quem vendeu imóveis, a data e o valor da transação e a comissão paga ao corretor (se for o caso). Os dados são usados para detectar se há divergência entre as informações fornecidas pelos contribuintes.
Também para evitar a sonegação com imóveis, foi criada a DOI (Declaração sobre Operações Imobiliárias).
Ela tem de ser entregue pelos serventuários da Justiça responsáveis por cartórios de notas, de registro de imóveis e de títulos e documentos, informando os valores de todos os negócios registrados.
Outra "arma" é a Decred (Declaração de Operações com Cartão de Crédito).
Por ela, as administradoras de cartões informam ao fisco, semestralmente, as operações feitas com cartão de crédito que excedem R$ 5.000 mensais (pessoas físicas) e R$ 10 mil (empresas).
A intenção é identificar quem gasta mais do que permite a renda declarada, bem como as lojas que vendem pelo cartão de crédito, mas não emitem nota fiscal para pagar menos tributos.
Por estas e outras, tenha muito cuidado no preenchimento de sua declaração
Como se tornar um profissional bem sucedido!
Antes de iniciar este artigo, preciso agradecer ao apoio que estou tendo, recebo diariamente dezenas de e-mails de colegas elogiando os artigos que escrevo, são pedidos de ajuda, e até mesmo pequenas consultorias. Para agradecer o apoio, criei um canal de relações contábeis, que está disponível no endereço http://caropjunior.webnode.com.br/ , o intuito é diversificar informações e ajudar aos colegas que estão iniciando o curso de ciências contábeis a conseguirem uma colocação no mercado de trabalho.
Desde 2005, quando prestei o vestibular para o curso de ciências contábeis na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), estou sendo bem sucedido na vida profissional, em março de 2006 iniciei o primeiro estágio em um escritório de contabilidade no Bairro Industrial (Contagem-MG), foram oito meses de muito aprendizado, ao final deste período fui estagiar na Krypton Contabilidade, escritório renomado na Cidade de Belo Horizonte - MG, foram nove meses de muito trabalho e grande aprendizado. Ao final de 2007 tive a oportunidade de estagiar em uma das grandes construtoras de Belo Horizonte, conheci a contabilidade efetuada internamente.
Um Marco muito importante na minha carreira foi à oportunidade que tive no escritório Andrade e Bicalho, em 2008 passei no processo para coordenador contábil do escritório. Em um período de nove meses em que fui coordenador da Andrade e Bicalho tive a oportunidade de trabalhar com toda a rotina contábil, grandes responsabilidades foram atribuídas e correspondidas. Em 2009 sai e fui para outro escritório, fiquei apenas um mês, como não estava adaptando as rotinas, resolvi conversar com alguns amigos que me indicaram na Papyrus Contabilidade.
O Inicio da minha Historia na Papyrus Contabilidade iniciou em 2009 quando fui contratado para o cargo de Auxiliar Contábil, foram seis meses de trabalho e dedicação, o respeito e a admiração dos colegas tinham sido conquistados, porém ao final de 2009 começava uma grande mudança.
O Ano de 2009 foi o ano da minha formatura! Um grande desejo desde o primeiro período era de ser Auditor, porém como a profissão prejudica um pouco os estudos, deixei para participar dos processos seletivos de trainee a partir do sétimo período.
Ao final de 2009 o grande presente! Passei para Trainee da BDO Auditores Independentes, era um sonho que estava se realizando. Na BDO Auditores Independentes conheci muitas pessoas, contatos foram feitos, porém o desgaste com viagens e a grande correria do dia a dia fez com que o sonho já não fosse igual, ser Auditor já não era mais a empolgação de antes.
Em meados de 2010 recebi um telefonema do Diretor da Papyrus Contabilidade, o Sr. Ernalton Leão me chamou para uma conversa. Durante a conversa o mesmo me fez uma proposta para retornar a Papyrus Contabilidade como Contador responsável pelo departamento contábil. Após algum tempo de reflexão, resolvi aceitar a proposta, ser contador de um escritório conceituado na cidade de Belo Horizonte era uma grande oportunidade.
Hoje 16 de março de 2011, tenho a certeza que efetuei a escolha certa, a Papyrus Contabilidade vem se destacando, profissionais qualificados fazem parte do quadro de colaboradores da empresa, um dos meus sonhos para os anos de 2011 e 2012 é colocar a Papyrus Contabilidade entre as melhores empresas de Contabilidade de Minas Gerais.
Para finalizar, gostaria de agradecer a todos que contribuíram e que estão contribuindo para o meu crescimento profissional, já adianto a você leitor, contador ou estudante que estou com o projeto de escrever um livro ora denominado “Os Passos de um Contador de Sucesso”, peço aos colegas que queiram participar no livro, que enviem textos contendo a sua trajetória na área contábil.
Desde 2005, quando prestei o vestibular para o curso de ciências contábeis na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), estou sendo bem sucedido na vida profissional, em março de 2006 iniciei o primeiro estágio em um escritório de contabilidade no Bairro Industrial (Contagem-MG), foram oito meses de muito aprendizado, ao final deste período fui estagiar na Krypton Contabilidade, escritório renomado na Cidade de Belo Horizonte - MG, foram nove meses de muito trabalho e grande aprendizado. Ao final de 2007 tive a oportunidade de estagiar em uma das grandes construtoras de Belo Horizonte, conheci a contabilidade efetuada internamente.
Um Marco muito importante na minha carreira foi à oportunidade que tive no escritório Andrade e Bicalho, em 2008 passei no processo para coordenador contábil do escritório. Em um período de nove meses em que fui coordenador da Andrade e Bicalho tive a oportunidade de trabalhar com toda a rotina contábil, grandes responsabilidades foram atribuídas e correspondidas. Em 2009 sai e fui para outro escritório, fiquei apenas um mês, como não estava adaptando as rotinas, resolvi conversar com alguns amigos que me indicaram na Papyrus Contabilidade.
O Inicio da minha Historia na Papyrus Contabilidade iniciou em 2009 quando fui contratado para o cargo de Auxiliar Contábil, foram seis meses de trabalho e dedicação, o respeito e a admiração dos colegas tinham sido conquistados, porém ao final de 2009 começava uma grande mudança.
O Ano de 2009 foi o ano da minha formatura! Um grande desejo desde o primeiro período era de ser Auditor, porém como a profissão prejudica um pouco os estudos, deixei para participar dos processos seletivos de trainee a partir do sétimo período.
Ao final de 2009 o grande presente! Passei para Trainee da BDO Auditores Independentes, era um sonho que estava se realizando. Na BDO Auditores Independentes conheci muitas pessoas, contatos foram feitos, porém o desgaste com viagens e a grande correria do dia a dia fez com que o sonho já não fosse igual, ser Auditor já não era mais a empolgação de antes.
Em meados de 2010 recebi um telefonema do Diretor da Papyrus Contabilidade, o Sr. Ernalton Leão me chamou para uma conversa. Durante a conversa o mesmo me fez uma proposta para retornar a Papyrus Contabilidade como Contador responsável pelo departamento contábil. Após algum tempo de reflexão, resolvi aceitar a proposta, ser contador de um escritório conceituado na cidade de Belo Horizonte era uma grande oportunidade.
Hoje 16 de março de 2011, tenho a certeza que efetuei a escolha certa, a Papyrus Contabilidade vem se destacando, profissionais qualificados fazem parte do quadro de colaboradores da empresa, um dos meus sonhos para os anos de 2011 e 2012 é colocar a Papyrus Contabilidade entre as melhores empresas de Contabilidade de Minas Gerais.
Para finalizar, gostaria de agradecer a todos que contribuíram e que estão contribuindo para o meu crescimento profissional, já adianto a você leitor, contador ou estudante que estou com o projeto de escrever um livro ora denominado “Os Passos de um Contador de Sucesso”, peço aos colegas que queiram participar no livro, que enviem textos contendo a sua trajetória na área contábil.
Autor: Carlos Alberto R O Junior
quarta-feira, 16 de março de 2011
Você pensa que trabalha em uma empresa contábil...
Quem trabalha em um escritório contábil, muitas vezes, não se dá conta da importância de seu ofício. Independentemente da função exercida (contador, assistente fiscal, pessoal, Office boy, etc.), todas elas tem a sua importância na realização do objetivo final.
Muitos podem pensar que o objetivo final é somente a contabilização e apuração dos impostos das empresas, ou a apuração e confecção dos holerites de pagamento dos funcionários, mas isso é somente uma parte minúscula de algo mais importante.
Imagine um escritório contábil que atenda a aproximadamente 100 empresas. Digamos que essas empresas gerem 700 postos de trabalho. Ou seja, já temos aí mais ou menos 700 famílias que estão sendo afetadas diretamente pelo nosso trabalho.
Considerando que os clientes de empresas contábeis, em sua maioria, são formados por empresas de ramos de atividades bem diversificadas, tais como:
1) Indústrias do Vestuário, que produzem e vendem roupas para lojas e grandes magazines do Brasil e exterior;
2) Metalúrgicas, que produzem os mais variados produtos que, da mesma forma, são comercializados em todo país;
3) Construtoras, que são responsáveis pela geração de muitos postos de trabalho; construindo casas, prédios, pontes e outras obras civis;
4) Prestadores de Serviços em geral, que comercializam produtos, que prestam Serviços a grandes empresas, fazem sistemas que gerenciam processos, etc.
Enfim, fazemos parte de um empreendimento grandioso, que atende aos mais variados setores da Sociedade e que gera riquezas que são a mola propulsora de nossa economia.
Somos responsáveis por uma parte importante na cadeia produtiva, seja na apuração dos impostos devidos ou na apresentação dos números da empresa para os sócios, a Sociedade e ao Governo, mas sabemos que até o produto chegar ao consumidor final essa conta se multiplicará ainda mais. Ou seja, você não trabalha apenas para uma pequena empresa contábil com 10 colaboradores. Você faz parte de um grande grupo de empresas que produz e comercializa seus produtos em todo o Brasil e no exterior.
Sem demagogia, sabemos que existem muitas coisas erradas, falcatruas, corrupção e desvio de verbas públicas, mas isso não pode e não deve servir de desculpas para que cada um de nós não procure fazer o seu trabalho da melhor maneira possível, pois fazemos parte de uma grande obra. Pense nisso!
Autor: Isaac Rincaweski
Muitos podem pensar que o objetivo final é somente a contabilização e apuração dos impostos das empresas, ou a apuração e confecção dos holerites de pagamento dos funcionários, mas isso é somente uma parte minúscula de algo mais importante.
Imagine um escritório contábil que atenda a aproximadamente 100 empresas. Digamos que essas empresas gerem 700 postos de trabalho. Ou seja, já temos aí mais ou menos 700 famílias que estão sendo afetadas diretamente pelo nosso trabalho.
Considerando que os clientes de empresas contábeis, em sua maioria, são formados por empresas de ramos de atividades bem diversificadas, tais como:
1) Indústrias do Vestuário, que produzem e vendem roupas para lojas e grandes magazines do Brasil e exterior;
2) Metalúrgicas, que produzem os mais variados produtos que, da mesma forma, são comercializados em todo país;
3) Construtoras, que são responsáveis pela geração de muitos postos de trabalho; construindo casas, prédios, pontes e outras obras civis;
4) Prestadores de Serviços em geral, que comercializam produtos, que prestam Serviços a grandes empresas, fazem sistemas que gerenciam processos, etc.
Enfim, fazemos parte de um empreendimento grandioso, que atende aos mais variados setores da Sociedade e que gera riquezas que são a mola propulsora de nossa economia.
Somos responsáveis por uma parte importante na cadeia produtiva, seja na apuração dos impostos devidos ou na apresentação dos números da empresa para os sócios, a Sociedade e ao Governo, mas sabemos que até o produto chegar ao consumidor final essa conta se multiplicará ainda mais. Ou seja, você não trabalha apenas para uma pequena empresa contábil com 10 colaboradores. Você faz parte de um grande grupo de empresas que produz e comercializa seus produtos em todo o Brasil e no exterior.
Sem demagogia, sabemos que existem muitas coisas erradas, falcatruas, corrupção e desvio de verbas públicas, mas isso não pode e não deve servir de desculpas para que cada um de nós não procure fazer o seu trabalho da melhor maneira possível, pois fazemos parte de uma grande obra. Pense nisso!
Autor: Isaac Rincaweski
Networking: a importância de validar pessoas
A palavra networking, segundo o site Wikipédia, vem da união dos termos em inglês “net” que significa rede e “working” que quer dizer trabalhando. Ou seja, ao pé da letra diz estar trabalhando em rede. Com a globalização e o constante surgimento de novas tecnologias e redes socias, passamos a ter um relacionamento com outras pessoas mesmo a milhões de bytes de distância.
Para muitos, o networking é apenas uma forma de fuga da rotina diária ou do stress do mundo corporativo, é estabelecer um contato com um grupo de pessoas que poderão influenciar ou dar um up grade em sua carreira. Porém há outros, talvez em minoria, que utilizam da rede de contatos para compartilhar conhecimento, fazer parcerias, debater assuntos relevantes que fazem parte do nosso cotidiano. Em minha opinião, o networking vai além: possibilita o surgimento de parcerias, interagindo com o meio social, validando pessoas.
Um networking eficiente e eficaz possibilita o acesso ao mercado de trabalho, compartilhar conhecimento, divulgar seu trabalho, obter novos clientes, recomendar serviços, realizar parcerias e talvez o mais importante: tornar-se útil a sociedade.
As redes sociais são uma grande aliada para o networking. Podemos citar varias redes de relacionamento como, por exemplo: Twitter, Orkut, Facebook, entre outras, contudo cada uma com uma visão ou perspectiva diferente. Tive como experiência a possibilidade de “parceria”, através do site de relacionamento LinkedIn. Na verdade fui apenas uma ponte para o encontro de um consultor junto ao seu novo cliente, através da analise dos Serviços disponibilizados pelo consultor e a necessidade imediata do cliente. O mais interessante é que ambos moram na mesma cidade, Recife-PE e eu moro em Fortaleza-CE.
Bom, é preciso estar atento as mudanças, e não ter um networking apenas para suas necessidades, mas sim estar comprometido com o próximo e trazer resultados positivos tanto para você quanto para os profissionais no qual esta apoiando, compondo sua rede de contatos.
O sucesso do networking depende dos objetivos e metas a serem seguidos por aqueles que fazem parte de nossa rede de relacionamento. Para Stephen Kanitz, em seu artigo o poder da validação, “validar alguém é
permitir que as pessoas sejam aceitas pelo que realmente são, e não pelo que gostaríamos que fossem. Você sempre será um ninguém, a não ser que os outros o validem como alguém.”
Enfim podemos perceber que o networking é como os gansos que durante o outono voam rumo ao sul, formando um grande “V” no céu. Indaga-se o que a ciência já descobriu sobre o porquê de voarem desta forma. Sabe-se que quando cada ave bate as asas, move o ar para cima ajudando a sustentar a ave imediatamente de trás. Ao voar em forma de “V”, o bando se beneficia de pelo menos 71% a mais de força de vôo do que uma ave voando sozinha.
Então Comunique-se! Compartilhar conhecimento é evoluir.
Aprenda a dar apoio sem ser solicitado.
Referências:
Aprenda a fazer networking: http://www.administradores.com.br/informese/administracao-e-negocios/aprenda-a-fazer-networking/38671/
A importância do Networking: http://www.rodrigoleao.com.br/2008/04/19/a-importanciado-networking/
Como fazer um networking vencedor?: http://www.administradores.com.br/informese/carreira-e-rh/como-fazer-um-networking-vencedor/35373/
Conceito de Networking: http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/networking.htm#vermaisNetworking: http://pt.wikipedia.org/wiki/Networking
Networking e educação são aliados importantes na busca por inovação: http://www.administradores.com.br/informe-se/cotidiano/networking-e-educacao-saoaliados-importantes-na-busca-por-inovacao/39562/
O real sentido do networking: http://www.sucessonews.com.br/o-real-sentido-donetworking/
Quando os átomos se tornam bits: de que depende o sucesso do networking virtual?: http://www.administradores.com.br/informe-se/tecnologia/quando-os-atomos-setornam-bits-de-que-depende-o-sucesso-do-networking-virtual/40002/
Autor: Renata Norberto Cavalcante
Para muitos, o networking é apenas uma forma de fuga da rotina diária ou do stress do mundo corporativo, é estabelecer um contato com um grupo de pessoas que poderão influenciar ou dar um up grade em sua carreira. Porém há outros, talvez em minoria, que utilizam da rede de contatos para compartilhar conhecimento, fazer parcerias, debater assuntos relevantes que fazem parte do nosso cotidiano. Em minha opinião, o networking vai além: possibilita o surgimento de parcerias, interagindo com o meio social, validando pessoas.
Um networking eficiente e eficaz possibilita o acesso ao mercado de trabalho, compartilhar conhecimento, divulgar seu trabalho, obter novos clientes, recomendar serviços, realizar parcerias e talvez o mais importante: tornar-se útil a sociedade.
As redes sociais são uma grande aliada para o networking. Podemos citar varias redes de relacionamento como, por exemplo: Twitter, Orkut, Facebook, entre outras, contudo cada uma com uma visão ou perspectiva diferente. Tive como experiência a possibilidade de “parceria”, através do site de relacionamento LinkedIn. Na verdade fui apenas uma ponte para o encontro de um consultor junto ao seu novo cliente, através da analise dos Serviços disponibilizados pelo consultor e a necessidade imediata do cliente. O mais interessante é que ambos moram na mesma cidade, Recife-PE e eu moro em Fortaleza-CE.
Bom, é preciso estar atento as mudanças, e não ter um networking apenas para suas necessidades, mas sim estar comprometido com o próximo e trazer resultados positivos tanto para você quanto para os profissionais no qual esta apoiando, compondo sua rede de contatos.
O sucesso do networking depende dos objetivos e metas a serem seguidos por aqueles que fazem parte de nossa rede de relacionamento. Para Stephen Kanitz, em seu artigo o poder da validação, “validar alguém é
permitir que as pessoas sejam aceitas pelo que realmente são, e não pelo que gostaríamos que fossem. Você sempre será um ninguém, a não ser que os outros o validem como alguém.”
Enfim podemos perceber que o networking é como os gansos que durante o outono voam rumo ao sul, formando um grande “V” no céu. Indaga-se o que a ciência já descobriu sobre o porquê de voarem desta forma. Sabe-se que quando cada ave bate as asas, move o ar para cima ajudando a sustentar a ave imediatamente de trás. Ao voar em forma de “V”, o bando se beneficia de pelo menos 71% a mais de força de vôo do que uma ave voando sozinha.
Então Comunique-se! Compartilhar conhecimento é evoluir.
Aprenda a dar apoio sem ser solicitado.
Referências:
Aprenda a fazer networking: http://www.administradores.com.br/informese/administracao-e-negocios/aprenda-a-fazer-networking/38671/
A importância do Networking: http://www.rodrigoleao.com.br/2008/04/19/a-importanciado-networking/
Como fazer um networking vencedor?: http://www.administradores.com.br/informese/carreira-e-rh/como-fazer-um-networking-vencedor/35373/
Conceito de Networking: http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/networking.htm#vermaisNetworking: http://pt.wikipedia.org/wiki/Networking
Networking e educação são aliados importantes na busca por inovação: http://www.administradores.com.br/informe-se/cotidiano/networking-e-educacao-saoaliados-importantes-na-busca-por-inovacao/39562/
O real sentido do networking: http://www.sucessonews.com.br/o-real-sentido-donetworking/
Quando os átomos se tornam bits: de que depende o sucesso do networking virtual?: http://www.administradores.com.br/informe-se/tecnologia/quando-os-atomos-setornam-bits-de-que-depende-o-sucesso-do-networking-virtual/40002/
Autor: Renata Norberto Cavalcante
A contabilidade é uma ciência ou uma simples técnica de escrituração?
“Aquele que se enamora da prática, sem a ciência, é como um navegante que entra no navio sem timão e sem bússola, que jamais tem a certeza de onde vai. Sempre a prática deve ser edificada sobre a boa teoria.” (Leonardo da Vinci).
Com o avanço da Tecnologia e com o aperfeiçoamento de programas contábeis, coloca - se em dúvida se a contabilidade seria uma ciência ou um mero instrumento de escrituração contábil.
Cogita-se até em dizer que num futuro próximo, o papel do contador não será mais necessário dentro das organizações, uma vez que ele para alguns se ocupa apenas em preencher guias, calcular impostos, enviar declarações e outras coisas mais que um bom programa contábil não possa fazer.
E neste contexto, existe o questionamento se a contabilidade seria ciência ou apenas uma técnica para se registrar os fatos contábeis. Mas a contabilidade é uma ciência, e existem fatos que refutam o contrário.
De imediato, é necessário que saibamos o conceito de ciência. Aurélio Buarque de Holanda conceitua ciência como “o conjunto organizado de conhecimentos sobre determinado objeto, em especial os obtidos mediante a observação, dos fatos e um método próprio”. (Dicionário Aurélio) .
Neste sentido, indo mais além, pode-se dizer que uma ciência busca acima de tudo exaurir todos os meios possíveis para se chegar a determinado questionamento, buscando desta forma solucionar as indagações antes feitas. A ciência tem um objeto específico. Ela busca a essência de algo, que neste caso seria o seu objeto, se apoiando em técnicas investigativas e seguindo um método lógico, racional e coordenado de investigação e interpretação dos fatos, ela explica e demonstra os fatos, nada mais.
A técnica por outro lado, é algo inerente a atividade do ser humano, ou seja, a técnica é algo que dia a dia se aperfeiçoa, sem se preocupar com a Produção de conhecimento, pois o conhecimento já foi fornecido pela ciência. A técnica apenas utiliza e aperfeiçoa aquilo que a ciência já produziu.
No entanto, apesar das divergências de entendimento, inúmeros são os defensores da contabilidade como sendo uma ciência.
Para Lopes de Sá a contabilidade é “Ciência que estuda os fenômenos patrimoniais sob o aspecto do fim aziendal; é a ciência que tem por objetivo estudar o sistema da riqueza administrada a fim de observar se ela atinge os fins propostos pelo sujeito aziendal”.
Também Carlos de Carvalho, precursor brasileiro nas ciências da contabilidade afirma que “Contabilidade é a ciência que tem por objeto o estado dos livros, documentos, cálculos e contas por meio dos quais se registram e classificam os atos e os fatos administrativos, cujos efeitos sobre o patrimônio ela ensina a por em evidência dando normas para a representação gráfica dos mesmos“. (Estudos de Contabilidade – Volume I, pag.7).
Vincenzo Masi, em 1926 escreve La ragioneria e la scienza del patrimônio “A Contabilidade como Ciência do Patrimônio”. (Revista Italiana di Ragioneria, Itália, 1926). Ele vai mais além e fala que “A concepção de Contabilidade como ciência do patrimônio não destrói, de fato, as pesquisas do passado, mas confiando a Contabilidade não só o estudo do levantamento patrimonial, mas também e, sobretudo aquele do objeto deste levantamento - o patrimônio aziendal, observado nos seus aspectos estático e dinâmico -, acresce ao conteúdo a importância e a dignidade científica”.
E por último, Tobias Diogenes Travessa, define: “Contabilidade é a ciência que estabelece e fornece os princípios básicos, pelos quais se pode obter um aparelho escriturai capaz de registrar e fiscalizar (controlar) todo o movimento de um patrimônio, bem como de conhecer e evidenciar positivamente o seu estado ou a sua orientação sob o ponto de visa econômico ou financeiro”.
Assim, infinito é o número de pesquisadores que reconhecem a contabilidade como ciência pura e não apenas um conjunto de meros procedimentos escriturais.
Necessário também que façamos uma analogia entre o que é ciência e o que é técnica. Neste contexto, ciência é a contabilidade, dotada de seus métodos próprios, com o compromisso de estudar até o exaurimento das indagações envolvendo o patrimônio, ainda que o resultado seja consolidado sobre verdades axiomáticas.
De outra forma, podemos comparar a técnica aos mais variados programas de escrituração contábil, uma vez que tais dispositivos são as ferramentas, ou o meio aperfeiçoado de executar as prerrogativas da ciência contábil em sua plenitude e eficiência. E sob este prisma, podemos evidenciar que a contabilidade é sim uma ciência, pois ela gera conhecimento através de estudos lógicos e sistemáticos, observando e investigando num plano amplo, tudo o que se relaciona com o patrimônio.
Autor: Luiz Antonio Pinheiro
Com o avanço da Tecnologia e com o aperfeiçoamento de programas contábeis, coloca - se em dúvida se a contabilidade seria uma ciência ou um mero instrumento de escrituração contábil.
Cogita-se até em dizer que num futuro próximo, o papel do contador não será mais necessário dentro das organizações, uma vez que ele para alguns se ocupa apenas em preencher guias, calcular impostos, enviar declarações e outras coisas mais que um bom programa contábil não possa fazer.
E neste contexto, existe o questionamento se a contabilidade seria ciência ou apenas uma técnica para se registrar os fatos contábeis. Mas a contabilidade é uma ciência, e existem fatos que refutam o contrário.
De imediato, é necessário que saibamos o conceito de ciência. Aurélio Buarque de Holanda conceitua ciência como “o conjunto organizado de conhecimentos sobre determinado objeto, em especial os obtidos mediante a observação, dos fatos e um método próprio”. (Dicionário Aurélio) .
Neste sentido, indo mais além, pode-se dizer que uma ciência busca acima de tudo exaurir todos os meios possíveis para se chegar a determinado questionamento, buscando desta forma solucionar as indagações antes feitas. A ciência tem um objeto específico. Ela busca a essência de algo, que neste caso seria o seu objeto, se apoiando em técnicas investigativas e seguindo um método lógico, racional e coordenado de investigação e interpretação dos fatos, ela explica e demonstra os fatos, nada mais.
A técnica por outro lado, é algo inerente a atividade do ser humano, ou seja, a técnica é algo que dia a dia se aperfeiçoa, sem se preocupar com a Produção de conhecimento, pois o conhecimento já foi fornecido pela ciência. A técnica apenas utiliza e aperfeiçoa aquilo que a ciência já produziu.
No entanto, apesar das divergências de entendimento, inúmeros são os defensores da contabilidade como sendo uma ciência.
Para Lopes de Sá a contabilidade é “Ciência que estuda os fenômenos patrimoniais sob o aspecto do fim aziendal; é a ciência que tem por objetivo estudar o sistema da riqueza administrada a fim de observar se ela atinge os fins propostos pelo sujeito aziendal”.
Também Carlos de Carvalho, precursor brasileiro nas ciências da contabilidade afirma que “Contabilidade é a ciência que tem por objeto o estado dos livros, documentos, cálculos e contas por meio dos quais se registram e classificam os atos e os fatos administrativos, cujos efeitos sobre o patrimônio ela ensina a por em evidência dando normas para a representação gráfica dos mesmos“. (Estudos de Contabilidade – Volume I, pag.7).
Vincenzo Masi, em 1926 escreve La ragioneria e la scienza del patrimônio “A Contabilidade como Ciência do Patrimônio”. (Revista Italiana di Ragioneria, Itália, 1926). Ele vai mais além e fala que “A concepção de Contabilidade como ciência do patrimônio não destrói, de fato, as pesquisas do passado, mas confiando a Contabilidade não só o estudo do levantamento patrimonial, mas também e, sobretudo aquele do objeto deste levantamento - o patrimônio aziendal, observado nos seus aspectos estático e dinâmico -, acresce ao conteúdo a importância e a dignidade científica”.
E por último, Tobias Diogenes Travessa, define: “Contabilidade é a ciência que estabelece e fornece os princípios básicos, pelos quais se pode obter um aparelho escriturai capaz de registrar e fiscalizar (controlar) todo o movimento de um patrimônio, bem como de conhecer e evidenciar positivamente o seu estado ou a sua orientação sob o ponto de visa econômico ou financeiro”.
Assim, infinito é o número de pesquisadores que reconhecem a contabilidade como ciência pura e não apenas um conjunto de meros procedimentos escriturais.
Necessário também que façamos uma analogia entre o que é ciência e o que é técnica. Neste contexto, ciência é a contabilidade, dotada de seus métodos próprios, com o compromisso de estudar até o exaurimento das indagações envolvendo o patrimônio, ainda que o resultado seja consolidado sobre verdades axiomáticas.
De outra forma, podemos comparar a técnica aos mais variados programas de escrituração contábil, uma vez que tais dispositivos são as ferramentas, ou o meio aperfeiçoado de executar as prerrogativas da ciência contábil em sua plenitude e eficiência. E sob este prisma, podemos evidenciar que a contabilidade é sim uma ciência, pois ela gera conhecimento através de estudos lógicos e sistemáticos, observando e investigando num plano amplo, tudo o que se relaciona com o patrimônio.
Autor: Luiz Antonio Pinheiro
IRPF: Alguns erros comuns facilmente detectados na Malha Fina.
No dia 30 de abril vence o prazo para as declarações do Imposto de Renda. Erros comuns e de última hora podem ser cruciais para serem identificados na malha fina. “Algumas pequenas fraudes comuns nas declarações como, por exemplo, sobra de dinheiro, descontos indevidos do plano de saúde e despesas de saúde declaradas anteriormente, podem fazer o contribuinte ser pego na malha fina”.
Alguns erros que a malha fina detecta facilmente:
Plano de saúde descontado indevidamente
Muitos contribuintes cometem o erro de descontar o plano de saúde de toda a família, no desconto autorizado apenas pelo titular da declaração. Este erro proporciona ao contribuinte uma restituição maior, mas e a Receita Federal consegue identificar a sonegação facilmente.
Abatimento do mesmo recibo de despesas médicas de anos anteriores
Outra prática comum é o abatimento de despesas médicas de um ano para outro, ou seja, a pessoa declara o mesmo recibo médico em duas declarações. Há grandes possibilidades da Receita identificar o erro ao fazer o batimento de quem paga e quem recebe, além de prejudicar o profissional liberal informado.
Registro de compra ou venda de imóvel com valor menor no recibo
Mas o erro mais contumaz, é registrar a compra ou aluguel de imóvel com valor inferior ao verificado na prática. O contribuinte deve estar ciente que o corretor é obrigado a informar o valor exato da transação, através de DIMOB, sob penalidade de multa até R$ 50.000,00. O ideal é o contribuinte solicitar a informação que seu corretor ou administradora passou a Receita Federal para não haver divergência. Caso haja divergência nas declarações entregues o contribuinte deve retificar imediatamente, antes de ser pego pela malha fina.
O contribuinte deve ficar atento no ato do preenchimento e detectado erros, o processo mais rápido é a retificação.
Alguns erros que a malha fina detecta facilmente:
Plano de saúde descontado indevidamente
Muitos contribuintes cometem o erro de descontar o plano de saúde de toda a família, no desconto autorizado apenas pelo titular da declaração. Este erro proporciona ao contribuinte uma restituição maior, mas e a Receita Federal consegue identificar a sonegação facilmente.
Abatimento do mesmo recibo de despesas médicas de anos anteriores
Outra prática comum é o abatimento de despesas médicas de um ano para outro, ou seja, a pessoa declara o mesmo recibo médico em duas declarações. Há grandes possibilidades da Receita identificar o erro ao fazer o batimento de quem paga e quem recebe, além de prejudicar o profissional liberal informado.
Registro de compra ou venda de imóvel com valor menor no recibo
Mas o erro mais contumaz, é registrar a compra ou aluguel de imóvel com valor inferior ao verificado na prática. O contribuinte deve estar ciente que o corretor é obrigado a informar o valor exato da transação, através de DIMOB, sob penalidade de multa até R$ 50.000,00. O ideal é o contribuinte solicitar a informação que seu corretor ou administradora passou a Receita Federal para não haver divergência. Caso haja divergência nas declarações entregues o contribuinte deve retificar imediatamente, antes de ser pego pela malha fina.
O contribuinte deve ficar atento no ato do preenchimento e detectado erros, o processo mais rápido é a retificação.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
A importância de se investir em educação continuada.
Escolher como se aperfeiçoar na profissão é uma tarefa que requer paciência e conhecimento diante da diversidade de cursos, treinamentos e especializações, que atualmente se encontram à disposição do profissional. Paralelamente, investir em educação de forma contínua ajuda a ampliar horizontes, desenvolver novas habilidades, renovar conceitos e gerar novas ideias.
De acordo com Dalmir Sant’Ana, especialista em gestão de pessoas, a capacitação na carreira pode ser percebida de imediato na vida do profissional, a partir dos resultados obtidos. “Os reflexos são logo notados por meio da geração de novas ideias, em oportunidades de ascensão na área de atuação e na perspectiva de galgar novos espaços”, garante o especialista. Para ele, é possível perceber que o investimento deu resultados, quando uma pessoa demonstra intensa capacidade para superar seus limites e ultrapassar a barreira da insatisfação e da escassez de descobertas.
A preocupação com o investimento na educação deve fazer parte da vida do profissional, principalmente dos que atuam na Contabilidade, considerada uma ciência em constante mutação. O especialista afirma que a pessoa precisa perceber a “velocidade da mudança” para manter-se sempre atualizado. "O conhecimento é gerador de inovação, aprendizado, desenvolvimento e evolução", garante.
Dalmir Sant’Anna acha que o profissional deve procurar encontrar nos estudos uma identificação capaz de gerar maior contentamento pessoal. “Quanto maior o empenho no processo de aprendizagem, mais satisfatórios serão os resultados na vida pessoal e no ambiente profissional. Demonstre que você possui macrovisão e que é capaz de transformar desafios em oportunidades”.
Quanto à escolha do curso, treinamento ou especialização a serem feitos, Sant’Anna recomenda que se faça a opção considerando a maior demanda por determinado tema, mantendo o foco, mas não negligenciando quanto ao todo das questões. E escolher sempre instituições de comprovada seriedade.
CRC-SP
De acordo com Dalmir Sant’Ana, especialista em gestão de pessoas, a capacitação na carreira pode ser percebida de imediato na vida do profissional, a partir dos resultados obtidos. “Os reflexos são logo notados por meio da geração de novas ideias, em oportunidades de ascensão na área de atuação e na perspectiva de galgar novos espaços”, garante o especialista. Para ele, é possível perceber que o investimento deu resultados, quando uma pessoa demonstra intensa capacidade para superar seus limites e ultrapassar a barreira da insatisfação e da escassez de descobertas.
A preocupação com o investimento na educação deve fazer parte da vida do profissional, principalmente dos que atuam na Contabilidade, considerada uma ciência em constante mutação. O especialista afirma que a pessoa precisa perceber a “velocidade da mudança” para manter-se sempre atualizado. "O conhecimento é gerador de inovação, aprendizado, desenvolvimento e evolução", garante.
Dalmir Sant’Anna acha que o profissional deve procurar encontrar nos estudos uma identificação capaz de gerar maior contentamento pessoal. “Quanto maior o empenho no processo de aprendizagem, mais satisfatórios serão os resultados na vida pessoal e no ambiente profissional. Demonstre que você possui macrovisão e que é capaz de transformar desafios em oportunidades”.
Quanto à escolha do curso, treinamento ou especialização a serem feitos, Sant’Anna recomenda que se faça a opção considerando a maior demanda por determinado tema, mantendo o foco, mas não negligenciando quanto ao todo das questões. E escolher sempre instituições de comprovada seriedade.
CRC-SP
Como se tornar um Contador diferenciado no mercado de trabalho?
A pergunta acima pelo menos uma vez já se passou pela cabeça de todos os profissionais contábeis. Para responder esta questão, vamos ao nosso dia a dia.
Quando você profissional de um escritório de contabilidade ou de uma determinada empresa chega para trabalhar na segunda feira, qual o seu primeiro pensamento? A resposta de muitos é: “Que essa semana termine bem rápido”. Se na terça feira a luz acabar no escritório qual é a sua reação? Muitos iriam dar graças a deus e rezar para a Luz não voltar. Na sexta feira qual o seu maior desejo? “Essa resposta seria unanime. “Que o dia acabe logo! Amanhã é sábado.
Após efetuar a análise acima, vou fazer novamente a pergunta: Como se tornar um Contador diferenciado no mercado de trabalho? Um Contador diferenciado no mercado de trabalho, é aquele profissional que veste a camisa da empresa, valoriza o trabalho, procura ser objetivo, porém tenta conhecer todas as variáveis para tomar alguma decisão, é diferenciado, valorizado, ajuda a todos, já que seu trabalho é fruto da união entre departamentos. Esses são alguns pontos essenciais para obter êxito na profissão.
Conhecer línguas, ser graduado e fazer uma pós-graduação hoje não são diferenciais, são apenas requisitos para concorrer a uma vaga de trabalho, porém ser determinado, conhecer bem a área que trabalho é diferencial.
Será que é tão difícil ser um profissional diferenciado? Por que todos nós não somos profissionais diferenciados? Existe alguma receita para ser esse profissional?
As respostas para as perguntas acima já foram respondidas por nós mesmos, quem nunca tentou se destacar no trabalho? Quem não gosta de receber elogios? Porém muitas vezes nos desanimamos e acabamos sendo profissionais normais, efetuando apenas as rotinas e querendo que a semana acabe mais rápida. O não reconhecimento do nosso trabalho nos leva a ser apenas um empregado e não um empreendedor.
Para mudar a situação, você leitor, vai começar a partir de hoje fazer o seu máximo, esquecer os elogios, os mesmos podem não vim, porém alguém vai estar te observando e em algum momento você será reconhecido. A semana vai ser levada como uma oportunidade de se destacar, na segunda feira quando chegar ao trabalho você vai olhar para o lado e pensar: “tenho uma nova semana para me destacar e ser um profissional diferenciado”.
Nem sempre conseguimos o êxito na primeira tentativa, porém quando nos esquecemos de olhar para trás e olhamos diretamente para o horizonte, enxergamos grandes oportunidades.
Quando você profissional de um escritório de contabilidade ou de uma determinada empresa chega para trabalhar na segunda feira, qual o seu primeiro pensamento? A resposta de muitos é: “Que essa semana termine bem rápido”. Se na terça feira a luz acabar no escritório qual é a sua reação? Muitos iriam dar graças a deus e rezar para a Luz não voltar. Na sexta feira qual o seu maior desejo? “Essa resposta seria unanime. “Que o dia acabe logo! Amanhã é sábado.
Após efetuar a análise acima, vou fazer novamente a pergunta: Como se tornar um Contador diferenciado no mercado de trabalho? Um Contador diferenciado no mercado de trabalho, é aquele profissional que veste a camisa da empresa, valoriza o trabalho, procura ser objetivo, porém tenta conhecer todas as variáveis para tomar alguma decisão, é diferenciado, valorizado, ajuda a todos, já que seu trabalho é fruto da união entre departamentos. Esses são alguns pontos essenciais para obter êxito na profissão.
Conhecer línguas, ser graduado e fazer uma pós-graduação hoje não são diferenciais, são apenas requisitos para concorrer a uma vaga de trabalho, porém ser determinado, conhecer bem a área que trabalho é diferencial.
Será que é tão difícil ser um profissional diferenciado? Por que todos nós não somos profissionais diferenciados? Existe alguma receita para ser esse profissional?
As respostas para as perguntas acima já foram respondidas por nós mesmos, quem nunca tentou se destacar no trabalho? Quem não gosta de receber elogios? Porém muitas vezes nos desanimamos e acabamos sendo profissionais normais, efetuando apenas as rotinas e querendo que a semana acabe mais rápida. O não reconhecimento do nosso trabalho nos leva a ser apenas um empregado e não um empreendedor.
Para mudar a situação, você leitor, vai começar a partir de hoje fazer o seu máximo, esquecer os elogios, os mesmos podem não vim, porém alguém vai estar te observando e em algum momento você será reconhecido. A semana vai ser levada como uma oportunidade de se destacar, na segunda feira quando chegar ao trabalho você vai olhar para o lado e pensar: “tenho uma nova semana para me destacar e ser um profissional diferenciado”.
Nem sempre conseguimos o êxito na primeira tentativa, porém quando nos esquecemos de olhar para trás e olhamos diretamente para o horizonte, enxergamos grandes oportunidades.
Autor: Carlos Alberto R O Junior
Os novos desafios do profissional contábil.
A contabilidade está passando por uma fase de grandes mudanças. A era digital, obrigatória em muitas empresas, não está só revolucionando os sistemas administrativos destas, como também os Serviços que são prestados pelos profissionais da área contábil.
A relação empresa contador está bem mais próxima, mais freqüente e muitos contadores tem usado isto como ferramenta para desenvolver um bom trabalho, agregar valor aos Serviços prestados e com isso obter valorização tanto profissional quanto pessoal.
Por outro lado, há muitos profissionais que estão sem rumo. Falta conhecimento, capacidade e em muitos casos a relação profissional com o cliente é conturbada e distante. Enquanto o profissional contábil trabalha em seu escritório a realidade da empresa se comporta de uma forma bem diferente e enquanto o empresário detém informações à contabilidade, sustentando uma visão de que o contador visa atender o fisco, ambos estão perdendo.
Sendo assim o profissional contábil não pode mais trabalhar focando apenas a legislação contábil. As empresas demandam de profissionais com uma visão inovadora, projetando cenários futuros e antecipando situações e para o profissional contábil é uma oportunidade para mostrar que a contabilidade pode ser uma ferramenta para tomada de decisão sendo muito útil às empresas.
Este é o momento ideal para mostrarmos que somos detentores de conhecimento e que este pode ser o diferencial de crescimento e sustentação para as empresas frente o cenário mundial agressivo, complexo e desafiador. Portanto contadores, rumo ao futuro, o conhecimento nos fará chegar lá.
Autor: Jane Cristina Marinho
A relação empresa contador está bem mais próxima, mais freqüente e muitos contadores tem usado isto como ferramenta para desenvolver um bom trabalho, agregar valor aos Serviços prestados e com isso obter valorização tanto profissional quanto pessoal.
Por outro lado, há muitos profissionais que estão sem rumo. Falta conhecimento, capacidade e em muitos casos a relação profissional com o cliente é conturbada e distante. Enquanto o profissional contábil trabalha em seu escritório a realidade da empresa se comporta de uma forma bem diferente e enquanto o empresário detém informações à contabilidade, sustentando uma visão de que o contador visa atender o fisco, ambos estão perdendo.
Sendo assim o profissional contábil não pode mais trabalhar focando apenas a legislação contábil. As empresas demandam de profissionais com uma visão inovadora, projetando cenários futuros e antecipando situações e para o profissional contábil é uma oportunidade para mostrar que a contabilidade pode ser uma ferramenta para tomada de decisão sendo muito útil às empresas.
Este é o momento ideal para mostrarmos que somos detentores de conhecimento e que este pode ser o diferencial de crescimento e sustentação para as empresas frente o cenário mundial agressivo, complexo e desafiador. Portanto contadores, rumo ao futuro, o conhecimento nos fará chegar lá.
Autor: Jane Cristina Marinho
Código de ética Contábil passa por alterações.
O Plenário do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) alterou, no início de dezembro, dispositivos do Código de Ética Profissional do Contabilista (CEPC) - Resolução CFC n.° 803/96 -, por meio da Resolução CFC n.° 1.307/10.
Desde então, conforme previsto no novo texto, o CEPC passa a se chamar Código de Ética Profissional do Contador (CEPC). Além da mudança do nome, foram estipuladas novas condutas aos profissionais e também comportamentos que podem ser considerados como infração ética, entre eles o não cumprimento dos programas de educação continuada estabelecidos pelo Conselho Federal de Contabilidade.
As medidas tomadas visam a abranger a toda a classe contábil. Tanto os contadores quanto os técnicos deverão observar os princípios e as normas de Contabilidade, já convergidas ao padrão internacional.
Na prática, a função da ética é estar presente em todas as atividades, não apenas no desempenho profissional, mas em aspectos de comportamento também. De acordo com o vice-presidente de Fiscalização do Conselho Regional de Contabilidade (CRC-RS), Paulo Walter Schnorr, a ética está muito ligada com a intuição, e independentemente da atividade exercida, é preciso ter esse valor presente nas relações humanas. “Dentro da profissão, existem muitas tentações, experiências que fazem os profissionais caírem em armadilhas ou quererem levar vantagens em detrimento de alguém. Temos que ter presente que isso tem repercussão e danos duradouros”, explica.
Uma das estratégias usada por ele para se precaver de problemas desse tipo é buscar saber por que um cliente está saindo de um escritório e migrando para outro, por exemplo. “Isso é uma forma de se munir de informações. Falar com ambos os lados.” Mas os impactos vão além do aspecto pessoal.
A relação da ética com a remuneração é um dos aspectos que influenciam no status do contador. Schnorr conta que é comum ter clientes que chegam pela primeira vez e nem discutem o preço, pois confiam na credibilidade e competência do profissional que estão contratando. Outro aspecto é a relação com o cliente. “Se um determinado cliente se comporta de um modo que está escondendo algo, temos o dever de comunicar e exigir uma resposta”, alerta. Ao perceber uma mercadoria comprada e não registrada, ou cruzar as informações e ver que faltam dados, também é preciso questionar. “A missão de registrar o que acontece na empresa requer que a relação seja muito transparente”, afirma.
Há mais de 30 anos na profissão, Schnorr acredita que a ética não passou por grandes mudanças. O que está diferente, para ele, é a velocidade das informações. “As resoluções que foram sendo aperfeiçoadas e a rapidez com que as informações chegam é outra. Talvez seja por isso que haja tantas tentações. Se sabe demais, e acabamos formando juízo de valor até mais facilmente.”
Situações de mercado exigem desafios pontuais
Entre os processos de maior incidência na Câmara de Ética e Disciplina do Conselho Regional de Contabilidade (CRC-RS) estão a emissão de decore sem que o profissional tenha documentação que serviu de base legal e apropriação indébita, ou seja, a posse de um valor que não lhe pertence. Outra questão muito observada é a alteração de uma peça contábil. “Em alguns casos, o profissional forçosamente modifica o balanço, seja para ganhar alguma concorrência ou uma disputa de licitação”, explica Marcelo Alexandre Vidal, do Escritório Contábil Vidal e Coordenador da 2ª Câmara de Ética e Disciplina e membro da câmara de Julgamento de Recursos. Ele é um dos responsáveis pelo julgamento de processos de nível ético e disciplina.
Situações como essas se configuram em quebras do código de ética e acabam comprometendo a imagem do profissional da contabilidade. Mas no caso de apropriação indébita, um dos mais graves erros da categoria, a pena é pior. Quando o profissional embolsa uma quantia confiada pelo cliente ou empregador para o pagamento de algum tributo, o registro profissional é cassado. Vidal explica que isso ocorre mediante comprovação documental do fato, que geralmente torna-se uma questão de polícia. Ele explica ainda que, por ser um dispositivo novo e bem recente (incluído no código em 2010), a cassação ainda não teve nenhum profissional enquadrado. Antes da mudança, a pena disciplinar mais grave era a suspensão.
Estes são, na opinião de Vidal, os principais desafios éticos da categoria: não se apropriar dos valores confiáveis a sua guarda, e não ser levado por seus clientes a alterar algum indicador contábil a favor do cliente ou empregador. Para se precaver de problemas como esses, ele alerta que o contador deve ter um contrato de serviços muito bem elaborado com seu cliente e, ao menor indício de que está faltando na emissão de documentos, notificar a empresa por escrito. Caso o cliente não melhore o seu comportamento, o contador deve rescindir o contrato com a empresa. “Se todos os colegas fizerem isso, essas empresas vão acabar mudando de postura”, afirma.
Caso Enron mudou padrões de segurança
Uma das situações mundialmente mais conhecidas pela falta de ética na contabilidade foi o caso Enron, situação que ocorreu nos Estados Unidos no final dos anos 1990. Como havia uma legislação permissiva que deixava que os contadores fizessem verdadeiros malabarismos contábeis sem que isso fosse detectado pelas empresas de auditoria, muitos balanços foram maquiados e isso fez com que diversas empresas fossem à bancarrota. Na oportunidade, os balanços que não refletiam a realidade ocasionaram uma crise na economia. A partir daí, a criação da Lei Sarbanes – Oxley veio como uma reação da sociedade a essa conduta antiética.
O contador Marcelo Vidal explica que, a partir dali, surgiu a expressão governança corporativa, no sentido de que a empresa sempre deve primar pela transparência. “Hoje, com a necessidade de fazer a convergência, essa questão de transparência fica cada vez mais evidente”, afirma. As novas normas contábeis que entram em vigor a partir deste ano trazem o aspecto da transparência e da ética como uma linha mestra.
Ainda este ano, é provável que venham à tona alguns novos casos de falta de ética, conforme explica a contadora Ana Tércia Lopes Rodrigues. O segmento da auditoria, segundo ela, tem sido ícone dessa crise. “A questão da ética que é guiada por código vem evoluindo ao longo do tempo. Há interferências por questões de costume, aspectos culturais, mas o código nunca consegue acompanhar a velocidade com que os comportamentos e mudanças ocorrem dentro da sociedade”, afirma.
Caminho longo, mas sustentável
Atitudes como copiar o trabalho de um colega, ou tratar as pessoas com desonestidade são comportamentos que, já na universidade, ajudam a identificar profissionais com falta de ética. O problema é que, como muitos professores não tratam o tema com a devida importância, o aluno que está em formação já tem prejuízo de valores dentro do ambiente acadêmico.
Acostumada a realizar palestras ou lecionar sobre o assunto, a contadora e conselheira do CFC Ana Tércia Lopes Rodrigues defende a posição de que esse conhecimento não é restrito a uma disciplina: deveria ser transversal a todas. Tanto que seu principal objetivo quando está dando aulas é cobrar esta postura dos alunos e estimular que sejam profissionais de caráter. “Vejo uma falta de compromisso de parte dos professores. Parece que há constrangimento em abordar essas questões, enquanto essa deveria ser uma missão geral de formadores de opinião, como são os professores.”
Questionada sobre quais são os fatores que influenciam a conduta de um indivíduo, a contadora entende que esta é uma questão de foro íntimo, muito mais do que de ambiente externo. Mas concorda que a base familiar e os valores passados pelo convívio contribuem muito. “Sem dúvida há influências da formação religiosa, intelectual ou familiar, mas é uma questão, sobretudo, de caráter pessoal”, explica.
Quanto ao novo paradigma da sustentabilidade, a contadora refere-se ao fato de que para obter um resultado e sustentar esse resultado é preciso agir de forma ética. “Pessoas que não têm esse pilar da ética também podem obter ganhos, até superiores, mas não tem essa tranquilidade da sustentabilidade”, afirma. Ela explica que o profissional quando manifesta que tem valores e padrões se permite escolher seu cliente. Se não for assim, pode com bastante facilidade estar envolvido em alguma situação de escândalo por algum cliente que não foi selecionado corretamente.
Fonte: Jornal do Comercio - Porto Alegre - Lara Ely
Desde então, conforme previsto no novo texto, o CEPC passa a se chamar Código de Ética Profissional do Contador (CEPC). Além da mudança do nome, foram estipuladas novas condutas aos profissionais e também comportamentos que podem ser considerados como infração ética, entre eles o não cumprimento dos programas de educação continuada estabelecidos pelo Conselho Federal de Contabilidade.
As medidas tomadas visam a abranger a toda a classe contábil. Tanto os contadores quanto os técnicos deverão observar os princípios e as normas de Contabilidade, já convergidas ao padrão internacional.
Na prática, a função da ética é estar presente em todas as atividades, não apenas no desempenho profissional, mas em aspectos de comportamento também. De acordo com o vice-presidente de Fiscalização do Conselho Regional de Contabilidade (CRC-RS), Paulo Walter Schnorr, a ética está muito ligada com a intuição, e independentemente da atividade exercida, é preciso ter esse valor presente nas relações humanas. “Dentro da profissão, existem muitas tentações, experiências que fazem os profissionais caírem em armadilhas ou quererem levar vantagens em detrimento de alguém. Temos que ter presente que isso tem repercussão e danos duradouros”, explica.
Uma das estratégias usada por ele para se precaver de problemas desse tipo é buscar saber por que um cliente está saindo de um escritório e migrando para outro, por exemplo. “Isso é uma forma de se munir de informações. Falar com ambos os lados.” Mas os impactos vão além do aspecto pessoal.
A relação da ética com a remuneração é um dos aspectos que influenciam no status do contador. Schnorr conta que é comum ter clientes que chegam pela primeira vez e nem discutem o preço, pois confiam na credibilidade e competência do profissional que estão contratando. Outro aspecto é a relação com o cliente. “Se um determinado cliente se comporta de um modo que está escondendo algo, temos o dever de comunicar e exigir uma resposta”, alerta. Ao perceber uma mercadoria comprada e não registrada, ou cruzar as informações e ver que faltam dados, também é preciso questionar. “A missão de registrar o que acontece na empresa requer que a relação seja muito transparente”, afirma.
Há mais de 30 anos na profissão, Schnorr acredita que a ética não passou por grandes mudanças. O que está diferente, para ele, é a velocidade das informações. “As resoluções que foram sendo aperfeiçoadas e a rapidez com que as informações chegam é outra. Talvez seja por isso que haja tantas tentações. Se sabe demais, e acabamos formando juízo de valor até mais facilmente.”
Situações de mercado exigem desafios pontuais
Entre os processos de maior incidência na Câmara de Ética e Disciplina do Conselho Regional de Contabilidade (CRC-RS) estão a emissão de decore sem que o profissional tenha documentação que serviu de base legal e apropriação indébita, ou seja, a posse de um valor que não lhe pertence. Outra questão muito observada é a alteração de uma peça contábil. “Em alguns casos, o profissional forçosamente modifica o balanço, seja para ganhar alguma concorrência ou uma disputa de licitação”, explica Marcelo Alexandre Vidal, do Escritório Contábil Vidal e Coordenador da 2ª Câmara de Ética e Disciplina e membro da câmara de Julgamento de Recursos. Ele é um dos responsáveis pelo julgamento de processos de nível ético e disciplina.
Situações como essas se configuram em quebras do código de ética e acabam comprometendo a imagem do profissional da contabilidade. Mas no caso de apropriação indébita, um dos mais graves erros da categoria, a pena é pior. Quando o profissional embolsa uma quantia confiada pelo cliente ou empregador para o pagamento de algum tributo, o registro profissional é cassado. Vidal explica que isso ocorre mediante comprovação documental do fato, que geralmente torna-se uma questão de polícia. Ele explica ainda que, por ser um dispositivo novo e bem recente (incluído no código em 2010), a cassação ainda não teve nenhum profissional enquadrado. Antes da mudança, a pena disciplinar mais grave era a suspensão.
Estes são, na opinião de Vidal, os principais desafios éticos da categoria: não se apropriar dos valores confiáveis a sua guarda, e não ser levado por seus clientes a alterar algum indicador contábil a favor do cliente ou empregador. Para se precaver de problemas como esses, ele alerta que o contador deve ter um contrato de serviços muito bem elaborado com seu cliente e, ao menor indício de que está faltando na emissão de documentos, notificar a empresa por escrito. Caso o cliente não melhore o seu comportamento, o contador deve rescindir o contrato com a empresa. “Se todos os colegas fizerem isso, essas empresas vão acabar mudando de postura”, afirma.
Caso Enron mudou padrões de segurança
Uma das situações mundialmente mais conhecidas pela falta de ética na contabilidade foi o caso Enron, situação que ocorreu nos Estados Unidos no final dos anos 1990. Como havia uma legislação permissiva que deixava que os contadores fizessem verdadeiros malabarismos contábeis sem que isso fosse detectado pelas empresas de auditoria, muitos balanços foram maquiados e isso fez com que diversas empresas fossem à bancarrota. Na oportunidade, os balanços que não refletiam a realidade ocasionaram uma crise na economia. A partir daí, a criação da Lei Sarbanes – Oxley veio como uma reação da sociedade a essa conduta antiética.
O contador Marcelo Vidal explica que, a partir dali, surgiu a expressão governança corporativa, no sentido de que a empresa sempre deve primar pela transparência. “Hoje, com a necessidade de fazer a convergência, essa questão de transparência fica cada vez mais evidente”, afirma. As novas normas contábeis que entram em vigor a partir deste ano trazem o aspecto da transparência e da ética como uma linha mestra.
Ainda este ano, é provável que venham à tona alguns novos casos de falta de ética, conforme explica a contadora Ana Tércia Lopes Rodrigues. O segmento da auditoria, segundo ela, tem sido ícone dessa crise. “A questão da ética que é guiada por código vem evoluindo ao longo do tempo. Há interferências por questões de costume, aspectos culturais, mas o código nunca consegue acompanhar a velocidade com que os comportamentos e mudanças ocorrem dentro da sociedade”, afirma.
Caminho longo, mas sustentável
Atitudes como copiar o trabalho de um colega, ou tratar as pessoas com desonestidade são comportamentos que, já na universidade, ajudam a identificar profissionais com falta de ética. O problema é que, como muitos professores não tratam o tema com a devida importância, o aluno que está em formação já tem prejuízo de valores dentro do ambiente acadêmico.
Acostumada a realizar palestras ou lecionar sobre o assunto, a contadora e conselheira do CFC Ana Tércia Lopes Rodrigues defende a posição de que esse conhecimento não é restrito a uma disciplina: deveria ser transversal a todas. Tanto que seu principal objetivo quando está dando aulas é cobrar esta postura dos alunos e estimular que sejam profissionais de caráter. “Vejo uma falta de compromisso de parte dos professores. Parece que há constrangimento em abordar essas questões, enquanto essa deveria ser uma missão geral de formadores de opinião, como são os professores.”
Questionada sobre quais são os fatores que influenciam a conduta de um indivíduo, a contadora entende que esta é uma questão de foro íntimo, muito mais do que de ambiente externo. Mas concorda que a base familiar e os valores passados pelo convívio contribuem muito. “Sem dúvida há influências da formação religiosa, intelectual ou familiar, mas é uma questão, sobretudo, de caráter pessoal”, explica.
Quanto ao novo paradigma da sustentabilidade, a contadora refere-se ao fato de que para obter um resultado e sustentar esse resultado é preciso agir de forma ética. “Pessoas que não têm esse pilar da ética também podem obter ganhos, até superiores, mas não tem essa tranquilidade da sustentabilidade”, afirma. Ela explica que o profissional quando manifesta que tem valores e padrões se permite escolher seu cliente. Se não for assim, pode com bastante facilidade estar envolvido em alguma situação de escândalo por algum cliente que não foi selecionado corretamente.
Fonte: Jornal do Comercio - Porto Alegre - Lara Ely
Meus honorários estão defasados, o que fazer?
Sem dúvida alguma este é um assunto polêmico e questionado em todos os escritórios de contabilidade, hoje vou iniciar uma serie de artigos sobre o tema, na expectativa de demonstrar a você leitor que esta situação pode ser modificada.
Para iniciar vamos fazer uma reflexão...
Quantas vezes deixei de aumentar um honorário por medo de perder o cliente para a concorrência?
Será que meu honorário está defasado?
Esse cliente tem pouco movimento, vou cobrar meio Salário Mínimo dele.
Estou aumentando minha Carteira de clientes, porém não estou tendo lucro.
Estou pagando muitas multas, meus funcionários estão errando muito, será que os mesmos estão capacitados para exercer a função deles?
Quando meu cliente pede desconto, no final sempre concedo a ele, na expectativa de manter ele como cliente.
Esse cliente é influente, vou cobrar pouco dele para manter ele aqui.
As idéias acima são decorrentes a realidade dos escritórios de contabilidade, muitas vezes trabalhando abaixo do custo, reduzindo a qualidade do trabalho, aumentando a Carteira de clientes sem se lembrar de aumentar os honorários contábeis.
Para mudar a realidade exposta, os escritórios contábeis precisam tomar algumas atitudes com, por exemplo, criar uma tabela de Preço por serviços, cobrar dos conselhos regionais a fiscalização do exercício da profissão em escritórios que cobram pouco, trabalham abaixo do custo, porém não efetuam o trabalho ou quando efetuam não se atualizam as novas realidades da contabilidade.
Até mesmo para um Contador é difícil calcular como um escritório consegue prestar Serviços de contabilidade a um cliente cobrando meio salário mínimo. O custo mínimo para a prestação de Serviços deve levar em conta:
Energia Elétrica, Recepcionista, Motoboy, um profissional que faça o contábil, fiscal e pessoal, a depreciação dos equipamentos que constam no escritório, o espaço físico, e o mais importante, o Capital intelectual. Não foi para trabalhar abaixo no custo que o profissional ficou pelo menos quatro anos na cadeira de uma universidade.
Aumentar a qualidade do trabalho oferecido pode ser o caminho a ser traçado pelos contadores, para conseguir renegociar seus honorários, o calculo do custo também é muito importante para evitar que o custo fixo fique a cargo de apenas um honorário.
Assim peço a todos os colegas de profissão que verifiquem o real custo para apresentar um trabalho de qualidade, assim à classe será engrandecida e os colegas terão condição de aumentar a qualidade dos Serviços prestados.
Autor: Carlos Alberto R O Junior
Para iniciar vamos fazer uma reflexão...
Quantas vezes deixei de aumentar um honorário por medo de perder o cliente para a concorrência?
Será que meu honorário está defasado?
Esse cliente tem pouco movimento, vou cobrar meio Salário Mínimo dele.
Estou aumentando minha Carteira de clientes, porém não estou tendo lucro.
Estou pagando muitas multas, meus funcionários estão errando muito, será que os mesmos estão capacitados para exercer a função deles?
Quando meu cliente pede desconto, no final sempre concedo a ele, na expectativa de manter ele como cliente.
Esse cliente é influente, vou cobrar pouco dele para manter ele aqui.
As idéias acima são decorrentes a realidade dos escritórios de contabilidade, muitas vezes trabalhando abaixo do custo, reduzindo a qualidade do trabalho, aumentando a Carteira de clientes sem se lembrar de aumentar os honorários contábeis.
Para mudar a realidade exposta, os escritórios contábeis precisam tomar algumas atitudes com, por exemplo, criar uma tabela de Preço por serviços, cobrar dos conselhos regionais a fiscalização do exercício da profissão em escritórios que cobram pouco, trabalham abaixo do custo, porém não efetuam o trabalho ou quando efetuam não se atualizam as novas realidades da contabilidade.
Até mesmo para um Contador é difícil calcular como um escritório consegue prestar Serviços de contabilidade a um cliente cobrando meio salário mínimo. O custo mínimo para a prestação de Serviços deve levar em conta:
Energia Elétrica, Recepcionista, Motoboy, um profissional que faça o contábil, fiscal e pessoal, a depreciação dos equipamentos que constam no escritório, o espaço físico, e o mais importante, o Capital intelectual. Não foi para trabalhar abaixo no custo que o profissional ficou pelo menos quatro anos na cadeira de uma universidade.
Aumentar a qualidade do trabalho oferecido pode ser o caminho a ser traçado pelos contadores, para conseguir renegociar seus honorários, o calculo do custo também é muito importante para evitar que o custo fixo fique a cargo de apenas um honorário.
Assim peço a todos os colegas de profissão que verifiquem o real custo para apresentar um trabalho de qualidade, assim à classe será engrandecida e os colegas terão condição de aumentar a qualidade dos Serviços prestados.
O preço de um serviço de contabilidade.
Esse é um assunto recorrente e polêmico nas rodas de empresários e dos profissionais da contabilidade. Tão polêmico e cheio de divergências quanto política, religião e futebol.
Assim como em todo negócio, o dos serviços contábeis vivencia uma multiplicidade de situações relacionadas ao preço que se cobra dos clientes. Entre muitos profissionais vigora a idéia cobrar de acordo com as tabelas de orientação de honorários dos sindicatos. Entre outros, cobra-se valores tomando-se como referência o salário mínimo. E entre muitos outros cobra-se em função da concorrência, ou seja, “se meu concorrente vai te cobrar 120,00 faço para você, pra fecharmos o negócio, ‘noventão’...”
Discute-se muito, também, a qualidade dos serviços prestados. E fica óbvio que por ‘noventão’ não se tem condições de prestar um serviço minimamente adequado para o cliente, de forma a atendê-lo plenamente em todos os aspectos em que pode ser atendido pela contabilidade. Talvez, pelos ‘noventão’, somente o ‘basicão’, e olhe lá.
Mas pouco se discute, com relação ao assunto, a qualidade do cliente. Que tipo de cliente é esse que escolhe um contador com base no preço mais baixo? Que cliente é esse que entende a contabilidade como “um mal necessário”? Que cliente é esse que considera a contabilidade como um custo que não traz benefício algum?
Pois é. É esse o cliente que está aí e que os profissionais da contabilidade encontram e tem que lidar.
Vou fazer aqui um exercício de imaginação, utilizando como metáfora um tratamento de saúde. Será que alguém que, tendo recursos suficientes – mas não de sobra – e que necessite de um tratamento de fisioterapia para recuperar plenamente os movimentos das pernas, escolheria o fisioterapeuta pelo honorário mais baixo dentre os disponíveis no “mercado”? Eu escolheria aquele que me inspirasse confiança e que tivesse boa reputação e recomendação.
Não estou afirmando aqui que os fisioteraputas que cobram baixos preços não tenham capacidade ou qualidade (assim como os contadores), mas estou dizendo que a escolha de um profissional da saúde segue parâmetros como os de confiança, reputação, reconhecimento profissional, dentre muitos outros que poderiam ser citados aqui. E será que não deveria ser assim também com o profissional da contabilidade? Eu entendo que sim.
Bom, esse é um assunto que divide opiniões e temos que considerar também algumas posturas inadequadas e nada éticas de poucos profissionais que, infelizmente, maculam e são evidenciadas com maior ênfase do que as posturas éticas e corretas da maior parte dos profissionais da contabilidade.
Por: Marcelo Marchine Ferreira
A questão é: Não precisamos prestar um serviço digno e honesto e precisamos ser bem remunerados por isso.
Assim como em todo negócio, o dos serviços contábeis vivencia uma multiplicidade de situações relacionadas ao preço que se cobra dos clientes. Entre muitos profissionais vigora a idéia cobrar de acordo com as tabelas de orientação de honorários dos sindicatos. Entre outros, cobra-se valores tomando-se como referência o salário mínimo. E entre muitos outros cobra-se em função da concorrência, ou seja, “se meu concorrente vai te cobrar 120,00 faço para você, pra fecharmos o negócio, ‘noventão’...”
Discute-se muito, também, a qualidade dos serviços prestados. E fica óbvio que por ‘noventão’ não se tem condições de prestar um serviço minimamente adequado para o cliente, de forma a atendê-lo plenamente em todos os aspectos em que pode ser atendido pela contabilidade. Talvez, pelos ‘noventão’, somente o ‘basicão’, e olhe lá.
Mas pouco se discute, com relação ao assunto, a qualidade do cliente. Que tipo de cliente é esse que escolhe um contador com base no preço mais baixo? Que cliente é esse que entende a contabilidade como “um mal necessário”? Que cliente é esse que considera a contabilidade como um custo que não traz benefício algum?
Pois é. É esse o cliente que está aí e que os profissionais da contabilidade encontram e tem que lidar.
Vou fazer aqui um exercício de imaginação, utilizando como metáfora um tratamento de saúde. Será que alguém que, tendo recursos suficientes – mas não de sobra – e que necessite de um tratamento de fisioterapia para recuperar plenamente os movimentos das pernas, escolheria o fisioterapeuta pelo honorário mais baixo dentre os disponíveis no “mercado”? Eu escolheria aquele que me inspirasse confiança e que tivesse boa reputação e recomendação.
Não estou afirmando aqui que os fisioteraputas que cobram baixos preços não tenham capacidade ou qualidade (assim como os contadores), mas estou dizendo que a escolha de um profissional da saúde segue parâmetros como os de confiança, reputação, reconhecimento profissional, dentre muitos outros que poderiam ser citados aqui. E será que não deveria ser assim também com o profissional da contabilidade? Eu entendo que sim.
Bom, esse é um assunto que divide opiniões e temos que considerar também algumas posturas inadequadas e nada éticas de poucos profissionais que, infelizmente, maculam e são evidenciadas com maior ênfase do que as posturas éticas e corretas da maior parte dos profissionais da contabilidade.
Por: Marcelo Marchine Ferreira
A questão é: Não precisamos prestar um serviço digno e honesto e precisamos ser bem remunerados por isso.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Créditos de PIS e de COFINS: empresas se preocupam com a transparência inerente à EFD-PIS/COFINS
A partir de abril de 2011 passa a ser exigida mais uma obrigação tributária: a EFD-PIS/COFINS.
Embora as empresas em geral estejam acostumadas com novas obrigações nessa seara a todo o momento, a EFD-PIS/COFINS traz uma outra preocupação, muito maior e mais importante do que o normal. Ocorre que a transparência com que o fisco verá a apuração dessas contribuições, poderá, para muitas empresas, ser motivo para autuações e fiscalizações.
Isso não quer dizer que as empresas apuram tais tributos de forma errada propositalmente. Na verdade, a legislação dessas contribuições para o regime não-cumulativo é por demais complexa. E esse sim, é o motivo principal que corrobora para recolhimentos equivocados quando se trata de PIS e de COFINS.
Só para citar um exemplo, até hoje há dificuldades em saber o que é considerado insumo para fins de créditos de PIS e de COFINS. O fisco federal costuma ter um entendimento bastante restrito com relação a esse crédito.
A transparência da EFD-PIS/COFINS permitirá ao fisco analisar se os créditos que cada contribuinte toma são mesmo aceitos, pois terá acesso às informações das notas ficais que originaram os créditos (sabendo, portanto quem os vendeu, e qual é o produto ou o serviço), e ainda, em qual tipo de crédito cada nota se enquadra.
As empresas, preocupadas com a possibilidade de autuações e fiscalizações, tem buscado treinamentos, cursos e palestras de legislação sobre PIS e COFINS. E normalmente, tem tido surpresas, ao descobrir que toma créditos indevidamente, ou ainda, que deixa de tributar valores considerados tributáveis pela legislação.
Fonte: FISCOSOFT
Embora as empresas em geral estejam acostumadas com novas obrigações nessa seara a todo o momento, a EFD-PIS/COFINS traz uma outra preocupação, muito maior e mais importante do que o normal. Ocorre que a transparência com que o fisco verá a apuração dessas contribuições, poderá, para muitas empresas, ser motivo para autuações e fiscalizações.
Isso não quer dizer que as empresas apuram tais tributos de forma errada propositalmente. Na verdade, a legislação dessas contribuições para o regime não-cumulativo é por demais complexa. E esse sim, é o motivo principal que corrobora para recolhimentos equivocados quando se trata de PIS e de COFINS.
Só para citar um exemplo, até hoje há dificuldades em saber o que é considerado insumo para fins de créditos de PIS e de COFINS. O fisco federal costuma ter um entendimento bastante restrito com relação a esse crédito.
A transparência da EFD-PIS/COFINS permitirá ao fisco analisar se os créditos que cada contribuinte toma são mesmo aceitos, pois terá acesso às informações das notas ficais que originaram os créditos (sabendo, portanto quem os vendeu, e qual é o produto ou o serviço), e ainda, em qual tipo de crédito cada nota se enquadra.
As empresas, preocupadas com a possibilidade de autuações e fiscalizações, tem buscado treinamentos, cursos e palestras de legislação sobre PIS e COFINS. E normalmente, tem tido surpresas, ao descobrir que toma créditos indevidamente, ou ainda, que deixa de tributar valores considerados tributáveis pela legislação.
Fonte: FISCOSOFT
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
É oficial: as IFRS estão valendo.
As demonstrações financeiras de 2010 das chamadas sociedades anônimas, instituições financeiras e empresas que tiveram faturamento bruto de mais de R$ 300 milhões no ano ou que dispõem de ativos totais acima dos R$ 240 milhões (mesmo que não obrigadas a publicar seus números) já deverão ser totalmente expressas de acordo com o padrões internacionais adaptados pelos pronunciamentos técnicos publicados pelo CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis), entidade criada no país para adequar as IAS (International Acounting Standards, normas do padrão IFRS) à realidade brasileira.
Assim, é coroado o esforço e trabalho conjunto de anos das classes contábil e de auditores e de entidades, órgãos e instituições como Apimec Nacional, BM&FBovespa, Conselho Federal de Contabilidade, Fipecafi, Ibracon, BCB e CVM para modernizar e adequar os padrões contábeis nacionais às melhores práticas adotadas internacionalmente.
Além de colocar as demonstrações financeiras das empresas brasileiras na mesma "linguagem" adotada por mais de cem países de todo o mundo, o padrão IFRS oferece mais confiabilidade aos sistemas de divulgação de dados empresariais.
Com o novo padrão, abrem-se também novas oportunidades de acesso a crédito às companhias nacionais, a partir da facilitação de relacionamento com as instituições financeiras estrangeiras que, em geral, exigem demonstrações adequadas às normas internacionais de contabilidade para conceder recursos.
Vale destacar que, a partir de agora, o padrão em IFRS torna-se uma referência não só para as empresas que já são obrigadas nesse primeiro momento a adotar o sistema.
A tendência é que o mercado passe a exigir que as demonstrações financeiras de todas as empresas do país passem a ter as IFRS como referência. Esse tipo de exigência deve ser especialmente imposta pelas instituições financeiras na hora de avaliar a capacidade de contratação de crédito das corporações, sejam elas micro, pequenas, médias ou grandes empresas.
Para nós e para nossos colegas contadores e auditores, fica o desafio da constante atualização profissional a partir das exigências que o mercado vier a impor ao longo dos próximos anos em relação à adoção generalizada de demonstrações financeiras seguindo as IFRS.
As normas internacionais de contabilidade vêm trazer às empresas brasileiras mais modernidade, confiabilidade, correção e alinhamento com aquilo que é considerado adequado em todo o mundo quando falamos de demonstrações financeiras.
E, em razão do trabalho árduo e produtivo de profissionais dedicados ao longo dos últimos anos, a adoção das IFRS no Brasil já é um sucesso que reforça o destaque que nosso país tem adquirido no cenário global.
Fonte: Brasil Economico
Assim, é coroado o esforço e trabalho conjunto de anos das classes contábil e de auditores e de entidades, órgãos e instituições como Apimec Nacional, BM&FBovespa, Conselho Federal de Contabilidade, Fipecafi, Ibracon, BCB e CVM para modernizar e adequar os padrões contábeis nacionais às melhores práticas adotadas internacionalmente.
Além de colocar as demonstrações financeiras das empresas brasileiras na mesma "linguagem" adotada por mais de cem países de todo o mundo, o padrão IFRS oferece mais confiabilidade aos sistemas de divulgação de dados empresariais.
Com o novo padrão, abrem-se também novas oportunidades de acesso a crédito às companhias nacionais, a partir da facilitação de relacionamento com as instituições financeiras estrangeiras que, em geral, exigem demonstrações adequadas às normas internacionais de contabilidade para conceder recursos.
Vale destacar que, a partir de agora, o padrão em IFRS torna-se uma referência não só para as empresas que já são obrigadas nesse primeiro momento a adotar o sistema.
A tendência é que o mercado passe a exigir que as demonstrações financeiras de todas as empresas do país passem a ter as IFRS como referência. Esse tipo de exigência deve ser especialmente imposta pelas instituições financeiras na hora de avaliar a capacidade de contratação de crédito das corporações, sejam elas micro, pequenas, médias ou grandes empresas.
Para nós e para nossos colegas contadores e auditores, fica o desafio da constante atualização profissional a partir das exigências que o mercado vier a impor ao longo dos próximos anos em relação à adoção generalizada de demonstrações financeiras seguindo as IFRS.
As normas internacionais de contabilidade vêm trazer às empresas brasileiras mais modernidade, confiabilidade, correção e alinhamento com aquilo que é considerado adequado em todo o mundo quando falamos de demonstrações financeiras.
E, em razão do trabalho árduo e produtivo de profissionais dedicados ao longo dos últimos anos, a adoção das IFRS no Brasil já é um sucesso que reforça o destaque que nosso país tem adquirido no cenário global.
Fonte: Brasil Economico
O que é ser CONTADOR nos dias atuais?
Amigos, abaixo segue a percepção de nosso colega Carlos Alberto R. O. Júnior, sobre o que é ser contador nos dias de hoje. Ao meu ver, é uma visão perfeita:
"Caros colegas contadores: É com muito orgulho que me dirijo a vocês para apresentar um ponto de vista com relação à profissão que hoje é considerada uma das mais importantes para o desenvolvimento do País.
Sou Bacharel em Ciências Contábeis inscrito no Conselho Regional de Contabilidade do Estado de Minas Gerais (CRC-MG), Contador de um escritório de contabilidade onceituado na Cidade de Belo Horizonte, com 23 anos, 5 de contabilidade, estou cada vez mais apaixonado por essa profissão.
Hoje passa um filme na minha cabeça de como era minha percepção de contabilidade há cinco anos quando iniciei o curso de contabilidade, o mesmo até o momento não era tão divulgado e a profissão era resumida em efetuar declaração de imposto de renda.
Nesses quatro anos de curso, fui privilegiado, passei por quatro estágios até chegar ao cargo de Contador no qual tenho orgulho de dizer que sou.
Muitas mudanças ocorreram, na virada de 2007 para 2008, quando todos já estavam se preparando para soltar os fogos de artifício para comemorar a virada do ano, uma grande surpresa foi divulgada a classe contábil: “A LEI 6.404/76 acaba de ser alterada pela LEI 11.638/07.
Em 2008, todos foram alertados quanto às mudanças, os impactos e os prazos que o profissional teria para se adequar as mudanças. “Nesse momento a contabilidade estaria passando por uma mudança que pode ser equiparada a mudança de Moeda ocorrida no país de Cruzeiro para o Real”.
Entre 2008 e 2009, o mundo assistiu a crise econômica ocorrida nos Estados Unidos, que em um processo de cascata foi contaminando todo o mundo. A contabilidade nesse momento foi questionada no mundo inteiro.
Em 2009 para consolidar as alterações da lei 11.638/07 foi publicada a lei 11.941/09, que ajustou questões que os contadores não conseguiam entender. Em 2010 onseguimos o que pode ser considerado a maior vitoria de todas: “A valorização da profissão contábil”, com a obrigatoriedade do exame de suficiência aos novos colegas que desejam participar da classe contábil. A lei 12.249/10 não apenas instituiu o exame de suficiência, o CFC por força de LEI deixou de ser um simples conselho federal de contabilidade e assumiu o papel de regulador e fiscalizador da profissão contábil.
Hoje todos os CPC´s que foram emitidos e já passaram por audiência pública, não são normas que devem ser arquivadas e sim leis que devem ser seguidas pelos colegas contadores. Aproveito para pedir aos senhores presença junto ao CPC, os CPC´s 6 e 8 estão em audiência pública e a participação dos senhores é fundamental para o crescimento da classe contábil.
Essas alterações contábeis não devem ser comparadas as alterações no qual o fisco está efetuando, o SPED contábil, a NFe, SPED Fiscal e as demais obrigações acessórias é uma parte da contabilidade, mas não o papel principal que é fornecer informações aos demais usuários internos e externos, em especial aos sócios minoritários que não participam das decisões tomadas pela administração".
Deixo uma mensagem aos colegas:
“Ser contador nos dias atuais é privilegio para aqueles que querem fazer com que o ontem seja fonte de crescimento para o amanhã”
Escrito por: Carlos Alberto R. O. Junior
"Caros colegas contadores: É com muito orgulho que me dirijo a vocês para apresentar um ponto de vista com relação à profissão que hoje é considerada uma das mais importantes para o desenvolvimento do País.
Sou Bacharel em Ciências Contábeis inscrito no Conselho Regional de Contabilidade do Estado de Minas Gerais (CRC-MG), Contador de um escritório de contabilidade onceituado na Cidade de Belo Horizonte, com 23 anos, 5 de contabilidade, estou cada vez mais apaixonado por essa profissão.
Hoje passa um filme na minha cabeça de como era minha percepção de contabilidade há cinco anos quando iniciei o curso de contabilidade, o mesmo até o momento não era tão divulgado e a profissão era resumida em efetuar declaração de imposto de renda.
Nesses quatro anos de curso, fui privilegiado, passei por quatro estágios até chegar ao cargo de Contador no qual tenho orgulho de dizer que sou.
Muitas mudanças ocorreram, na virada de 2007 para 2008, quando todos já estavam se preparando para soltar os fogos de artifício para comemorar a virada do ano, uma grande surpresa foi divulgada a classe contábil: “A LEI 6.404/76 acaba de ser alterada pela LEI 11.638/07.
Em 2008, todos foram alertados quanto às mudanças, os impactos e os prazos que o profissional teria para se adequar as mudanças. “Nesse momento a contabilidade estaria passando por uma mudança que pode ser equiparada a mudança de Moeda ocorrida no país de Cruzeiro para o Real”.
Entre 2008 e 2009, o mundo assistiu a crise econômica ocorrida nos Estados Unidos, que em um processo de cascata foi contaminando todo o mundo. A contabilidade nesse momento foi questionada no mundo inteiro.
Em 2009 para consolidar as alterações da lei 11.638/07 foi publicada a lei 11.941/09, que ajustou questões que os contadores não conseguiam entender. Em 2010 onseguimos o que pode ser considerado a maior vitoria de todas: “A valorização da profissão contábil”, com a obrigatoriedade do exame de suficiência aos novos colegas que desejam participar da classe contábil. A lei 12.249/10 não apenas instituiu o exame de suficiência, o CFC por força de LEI deixou de ser um simples conselho federal de contabilidade e assumiu o papel de regulador e fiscalizador da profissão contábil.
Hoje todos os CPC´s que foram emitidos e já passaram por audiência pública, não são normas que devem ser arquivadas e sim leis que devem ser seguidas pelos colegas contadores. Aproveito para pedir aos senhores presença junto ao CPC, os CPC´s 6 e 8 estão em audiência pública e a participação dos senhores é fundamental para o crescimento da classe contábil.
Essas alterações contábeis não devem ser comparadas as alterações no qual o fisco está efetuando, o SPED contábil, a NFe, SPED Fiscal e as demais obrigações acessórias é uma parte da contabilidade, mas não o papel principal que é fornecer informações aos demais usuários internos e externos, em especial aos sócios minoritários que não participam das decisões tomadas pela administração".
Deixo uma mensagem aos colegas:
“Ser contador nos dias atuais é privilegio para aqueles que querem fazer com que o ontem seja fonte de crescimento para o amanhã”
Escrito por: Carlos Alberto R. O. Junior
2011 será um ano promissor para a Contabilidade
O ano de 2011 será bastante positivo para os profissionais da área contábil. Levantamento realizado pela Robert Half com 1,9 mil empresas em 10 países revelou que 39% das companhias instaladas no Brasil pretendem aumentar a equipe nos próximos meses. O motivo principal, apontado por 62% dos entrevistados, é a ampliação dos negócios. Com o crescimento dos mercados, aumenta a procura por profissionais de contabilidade que, além de compreender o sistema fiscal e tributário, sejam capazes de auxilirar em decisões importantes da empresa.
Para o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e de Assessoramento no Estado de São Paulo (Sescon-SP), José Chapina Alcazar, a área de contabilidade deve ser vista como estratégica na empresa. “O segredo está na contratação do profissional e a relação precisa ser de confiança”, aconselha. Neste sentido, foi instituído por lei o Exame de Suficiência, considerado um avanço pela categoria. “A exigência valoriza a atividade e garante para o cliente mais qualidade no serviço prestado”, avalia Chapina Alcazar.
Exame de suficiência - Instituído pela Lei nº 12.249/2010, o exame terá sua primeira edição em 27 de março próximo. Poderão se inscrever somente candidatos que tenham concluído o curso de bacharelado em Ciências Contábeis ou Técnico em Contabilidade. A inscrição para a prova será de 10 de janeiro a 11 de fevereiro, nos conselhos regionais de cada estado.
O avanço tecnológico e as constantes mudanças na legislação são um desafio diário para as empresas, diz o presidente do Sescon-SP. Além disso, com o aumento da transparência e controle nos processos, a área contábil passou a ser mais requisitada. “Precisavamos de um mecanismo que garantisse a capacitação do profissional para esta atividade, que exige preparo, conhecimento e qualificação". O Brasil tem, atualmente, 417 mil contabilistas e 70 mil empresas contábeis. Do total, 118 mil profissionais e 18 mil empresas operam no estado de São Paulo.
Fonte: A Critica.
Para o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e de Assessoramento no Estado de São Paulo (Sescon-SP), José Chapina Alcazar, a área de contabilidade deve ser vista como estratégica na empresa. “O segredo está na contratação do profissional e a relação precisa ser de confiança”, aconselha. Neste sentido, foi instituído por lei o Exame de Suficiência, considerado um avanço pela categoria. “A exigência valoriza a atividade e garante para o cliente mais qualidade no serviço prestado”, avalia Chapina Alcazar.
Exame de suficiência - Instituído pela Lei nº 12.249/2010, o exame terá sua primeira edição em 27 de março próximo. Poderão se inscrever somente candidatos que tenham concluído o curso de bacharelado em Ciências Contábeis ou Técnico em Contabilidade. A inscrição para a prova será de 10 de janeiro a 11 de fevereiro, nos conselhos regionais de cada estado.
O avanço tecnológico e as constantes mudanças na legislação são um desafio diário para as empresas, diz o presidente do Sescon-SP. Além disso, com o aumento da transparência e controle nos processos, a área contábil passou a ser mais requisitada. “Precisavamos de um mecanismo que garantisse a capacitação do profissional para esta atividade, que exige preparo, conhecimento e qualificação". O Brasil tem, atualmente, 417 mil contabilistas e 70 mil empresas contábeis. Do total, 118 mil profissionais e 18 mil empresas operam no estado de São Paulo.
Fonte: A Critica.
Contabilidade Brasileira X Normas Internacionais
As Leis 11.638/2007 e 11.941/2009 deixaram uma série de dúvidas quanto à extensão da convergência da Contabilidade brasileira aos padrões internacionais. De um lado temos os que entendem que essa convergência foi integral. Assim, bastaria traduzir as Normas Internacionais de Contabilidade (o que vem sendo feito pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC) e mandar aplicá-las no Brasil.
Do outro lado, há uma corrente que entende que a convergência não foi integral, pois no processo de convergência é preciso observar os limites das leis brasileiras. Segundo este ponto de vista, as normas da CVM que aprovam pronunciamentos do CPC não podem contrariar a Lei das S/A, nem as demais leis brasileiras que tratam de procedimentos
contábeis. Em defesa dos que acreditam que a convergência da Contabilidade brasileira aos padrões internacionais ainda não pode ser total, em razão das limitações que a nossa legislação em vigor estabelece, passamos a explicar como entendemos a extensão da competência da CVM para regular o assunto. Não se trata aqui de discutir se a conversão ao padrão internacional é ou não necessária (ninguém deve ter dúvida de que
é), mas de exigir a observância do devido processo legal.
A CVM foi criada pela Lei 6.385/76, na qual o inciso I do art. 8º estabelece:
Art. 8º Compete à Comissão de Valores Mobiliários:
I - regulamentar, com observância da política definida pelo Conselho Monetário Nacional, as matérias expressamente previstas nesta Lei e na lei de sociedades por ações;
.......................
Na definição de Diógenes Gasparini, o poder regulamentar importa na "atribuição privativa do chefe do Poder Executivo para, mediante decreto, expedir atos normativos, chamados regulamentos, compatíveis com a lei e visando desenvolvê-la". Sem entrar na polêmica quanto à constitucionalidade das normas da CVM para regulamentar leis, qualquer que seja a definição de “poder regulamentar”, fica sempre evidente que seu objetivo é o fiel cumprimento e aplicação da lei regulamentada.
Portanto, a norma regulamentar não pode ir além do que pretende a lei, muito menos revogá-la ou torná-la sem aplicação. Caso contrário, não estaremos diante de uma norma necessária à execução da lei, mas de uma aberração jurídica que ignora a própria
lei que pretende regulamentar. Muitas vezes a justificativa da norma regulamentar para ir além da lei são as imperfeições ou impropriedades desta. Ora, a lei não pode ser ignorada ou descumprida pelo simples fato de não ter a perfeição desejada pelos agentes do poder regulamentar.
Nos regimes democráticos, como é o caso do Brasil, se a lei não é boa, os insatisfeitos devem trabalhar para mudá-la, e não simplesmente descumpri-la. Portanto, é de acordo com essa ótica que a Lei 6.385/76, em seu art. 22, dá à CVM poderes para regulamentar as matérias previstas em seu § 1º:
Art. 22. Considera-se aberta a companhia cujos valores mobiliários estejam
admitidos à negociação na bolsa ou no mercado de balcão.
§ 1º Compete à Comissão de valores mobiliários expedir normas aplicáveis às
companhias abertas sobre:
I - a natureza das informações que devam divulgar e a periodicidade da
divulgação;
II - relatório da administração e demonstrações financeiras;
III - a compra de ações emitidas pela própria companhia e a Alienação das ações
em tesouraria;
IV - padrões de contabilidade, relatórios e pareceres de auditores independentes;
V - informações que devam ser prestadas por administradores, membros do conselho fiscal, acionistas controladores e minoritários, relativas à compra, permuta ou venda de valores mobiliários emitidas pela companhia e por sociedades controladas ou
controladoras;
VI - a divulgação de deliberações da assembléia-geral e dos órgãos de administração da companhia, ou de fatos relevantes ocorridos nos seus negócios, que
possam influir, de modo ponderável, na decisão dos investidores do mercado, de vender ou comprar valores mobiliários emitidos pela companhia;
VII - a realização, pelas companhias abertas com ações admitidas à negociação em bolsa ou no Mercado de balcão organizado, de reuniões anuais com seus acionistas e agentes do mercado de valores mobiliários, no local de maior negociação dos títulos da companhia no ano anterior, para a divulgação de informações quanto à respectiva situação econômico-financeira, projeções de resultados e resposta aos esclarecimentos que lhes forem solicitados;
VIII - as demais matérias previstas em lei. Também é com essa finalidade, a de viabilizar seu fiel cumprimento e aplicação, que a
Lei 6.404/76, em seu art. 176, §§ 3º 5º e 6º, estabelece:
Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência.
.......................
§ 3º As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as normas expedidas pela Comissão de valores mobiliários e serão obrigatoriamente submetidas a Auditoria por auditores independentes nela registrados.
.......................
§ 5º As normas expedidas pela Comissão de valores mobiliários a que se refere o
§ 3º deste artigo deverão ser elaboradas em consonância com os padrões internacionais de contabilidade adotados nos principais mercados de valores mobiliários.
§ 6º As companhias fechadas poderão optar por observar as normas sobre demonstrações financeiras expedidas pela Comissão de valores mobiliários para as
companhias abertas.
Não por acaso o caput do art. 177 citado exige obediência aos preceitos da legislação empresarial e, particularmente, à Lei das S/A. A contundência do texto parece não deixar dúvida quanto às normas a serem obedecidas na escrituração das companhias. Logo, quando o § 3º do mesmo artigo atribui à CVM poderes para baixar normas em consonância com os padrões internacionais de contabilidade adotados nos principais mercados de valores mobiliários, fica evidente que tal competência está sujeita aos
limites da lei. Trata-se inclusive de previsão legal de caráter meramente didática, porque, ainda que não existisse tal mandamento, ele estaria implícito no conceito de “poder regulamentar”.
Isso é tão evidente no texto da Lei das Sociedades por Ações, que quando ela quis dar à CVM poderes para aplicar tratamento diferente do previsto em lei, fez isso de forma expressa, como ocorre em seu art. 176, § 7º:
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
.......................
§ 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembléia geral.
.......................
§ 7 A Comissão de valores mobiliários poderá, a seu critério, disciplinar de forma diversa o registro de que trata o § 3º deste artigo.
Ou seja, neste caso a CVM pode regulamentar o assunto de forma diferente do previsto na lei, pois esta assim expressamente o permite. Nos demais casos, não, porque a
Autarquia federal deve obediência à lei.
Em resumo, nos termos da legislação em vigor em nosso País, a convergência da contabilidade brasileira aos padrões internacionais não pode ser integral, pois a CVM (assim como nenhuma outra entidade) não pode tornar legalmente aplicáveis pronunciamentos do CPC que de alguma forma conflitem com a legislação brasileira. Portanto, antes de aprovar pronunciamentos do CPC, a CVM deve ter o cuidado de excluir do texto original os dispositivos conflitantes com as leis brasileiras, principalmente com a Lei 6.404/76.
Autor: Ricardo J. Ferreira
Do outro lado, há uma corrente que entende que a convergência não foi integral, pois no processo de convergência é preciso observar os limites das leis brasileiras. Segundo este ponto de vista, as normas da CVM que aprovam pronunciamentos do CPC não podem contrariar a Lei das S/A, nem as demais leis brasileiras que tratam de procedimentos
contábeis. Em defesa dos que acreditam que a convergência da Contabilidade brasileira aos padrões internacionais ainda não pode ser total, em razão das limitações que a nossa legislação em vigor estabelece, passamos a explicar como entendemos a extensão da competência da CVM para regular o assunto. Não se trata aqui de discutir se a conversão ao padrão internacional é ou não necessária (ninguém deve ter dúvida de que
é), mas de exigir a observância do devido processo legal.
A CVM foi criada pela Lei 6.385/76, na qual o inciso I do art. 8º estabelece:
Art. 8º Compete à Comissão de Valores Mobiliários:
I - regulamentar, com observância da política definida pelo Conselho Monetário Nacional, as matérias expressamente previstas nesta Lei e na lei de sociedades por ações;
.......................
Na definição de Diógenes Gasparini, o poder regulamentar importa na "atribuição privativa do chefe do Poder Executivo para, mediante decreto, expedir atos normativos, chamados regulamentos, compatíveis com a lei e visando desenvolvê-la". Sem entrar na polêmica quanto à constitucionalidade das normas da CVM para regulamentar leis, qualquer que seja a definição de “poder regulamentar”, fica sempre evidente que seu objetivo é o fiel cumprimento e aplicação da lei regulamentada.
Portanto, a norma regulamentar não pode ir além do que pretende a lei, muito menos revogá-la ou torná-la sem aplicação. Caso contrário, não estaremos diante de uma norma necessária à execução da lei, mas de uma aberração jurídica que ignora a própria
lei que pretende regulamentar. Muitas vezes a justificativa da norma regulamentar para ir além da lei são as imperfeições ou impropriedades desta. Ora, a lei não pode ser ignorada ou descumprida pelo simples fato de não ter a perfeição desejada pelos agentes do poder regulamentar.
Nos regimes democráticos, como é o caso do Brasil, se a lei não é boa, os insatisfeitos devem trabalhar para mudá-la, e não simplesmente descumpri-la. Portanto, é de acordo com essa ótica que a Lei 6.385/76, em seu art. 22, dá à CVM poderes para regulamentar as matérias previstas em seu § 1º:
Art. 22. Considera-se aberta a companhia cujos valores mobiliários estejam
admitidos à negociação na bolsa ou no mercado de balcão.
§ 1º Compete à Comissão de valores mobiliários expedir normas aplicáveis às
companhias abertas sobre:
I - a natureza das informações que devam divulgar e a periodicidade da
divulgação;
II - relatório da administração e demonstrações financeiras;
III - a compra de ações emitidas pela própria companhia e a Alienação das ações
em tesouraria;
IV - padrões de contabilidade, relatórios e pareceres de auditores independentes;
V - informações que devam ser prestadas por administradores, membros do conselho fiscal, acionistas controladores e minoritários, relativas à compra, permuta ou venda de valores mobiliários emitidas pela companhia e por sociedades controladas ou
controladoras;
VI - a divulgação de deliberações da assembléia-geral e dos órgãos de administração da companhia, ou de fatos relevantes ocorridos nos seus negócios, que
possam influir, de modo ponderável, na decisão dos investidores do mercado, de vender ou comprar valores mobiliários emitidos pela companhia;
VII - a realização, pelas companhias abertas com ações admitidas à negociação em bolsa ou no Mercado de balcão organizado, de reuniões anuais com seus acionistas e agentes do mercado de valores mobiliários, no local de maior negociação dos títulos da companhia no ano anterior, para a divulgação de informações quanto à respectiva situação econômico-financeira, projeções de resultados e resposta aos esclarecimentos que lhes forem solicitados;
VIII - as demais matérias previstas em lei. Também é com essa finalidade, a de viabilizar seu fiel cumprimento e aplicação, que a
Lei 6.404/76, em seu art. 176, §§ 3º 5º e 6º, estabelece:
Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência.
.......................
§ 3º As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as normas expedidas pela Comissão de valores mobiliários e serão obrigatoriamente submetidas a Auditoria por auditores independentes nela registrados.
.......................
§ 5º As normas expedidas pela Comissão de valores mobiliários a que se refere o
§ 3º deste artigo deverão ser elaboradas em consonância com os padrões internacionais de contabilidade adotados nos principais mercados de valores mobiliários.
§ 6º As companhias fechadas poderão optar por observar as normas sobre demonstrações financeiras expedidas pela Comissão de valores mobiliários para as
companhias abertas.
Não por acaso o caput do art. 177 citado exige obediência aos preceitos da legislação empresarial e, particularmente, à Lei das S/A. A contundência do texto parece não deixar dúvida quanto às normas a serem obedecidas na escrituração das companhias. Logo, quando o § 3º do mesmo artigo atribui à CVM poderes para baixar normas em consonância com os padrões internacionais de contabilidade adotados nos principais mercados de valores mobiliários, fica evidente que tal competência está sujeita aos
limites da lei. Trata-se inclusive de previsão legal de caráter meramente didática, porque, ainda que não existisse tal mandamento, ele estaria implícito no conceito de “poder regulamentar”.
Isso é tão evidente no texto da Lei das Sociedades por Ações, que quando ela quis dar à CVM poderes para aplicar tratamento diferente do previsto em lei, fez isso de forma expressa, como ocorre em seu art. 176, § 7º:
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:
.......................
§ 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembléia geral.
.......................
§ 7 A Comissão de valores mobiliários poderá, a seu critério, disciplinar de forma diversa o registro de que trata o § 3º deste artigo.
Ou seja, neste caso a CVM pode regulamentar o assunto de forma diferente do previsto na lei, pois esta assim expressamente o permite. Nos demais casos, não, porque a
Autarquia federal deve obediência à lei.
Em resumo, nos termos da legislação em vigor em nosso País, a convergência da contabilidade brasileira aos padrões internacionais não pode ser integral, pois a CVM (assim como nenhuma outra entidade) não pode tornar legalmente aplicáveis pronunciamentos do CPC que de alguma forma conflitem com a legislação brasileira. Portanto, antes de aprovar pronunciamentos do CPC, a CVM deve ter o cuidado de excluir do texto original os dispositivos conflitantes com as leis brasileiras, principalmente com a Lei 6.404/76.
Autor: Ricardo J. Ferreira
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